Ocorrência de fumonisinas em milho e derivados, destinados à alimentação humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Dillaine Hennig de lattes
Orientador(a): Coelho, Alexandre Rodrigo lattes
Banca de defesa: Coelho, Alexandre Rodrigo, Ono, Elisabete Yuri Sataque, Yamaguchi, Margarida Masami
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1876
Resumo: A cultura do milho é um dos segmentos mais importantes para a economia do agronegócio brasileiro, sendo responsável por 37% dos grãos produzidos no país. Entretanto, devido ao seu alto valor nutritivo, possui grande suscetibilidade ao crescimento fúngico, com destaque para Fusarium sp. que além de agente deteriorante é responsável por produzir fumonisinas, um grupo de micotoxinas de caráter termoestável e possivelmente carcinogênico, associada a surtos ocorridos em equinos, suínos e aves. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência de fumonisinas em milho e seus derivados durante o processo de industrialização. Um total de 1200 amostras (300 de milho, 300 de canjica, 300 de grits e 300 de farinha de milho) foram coletadas durante o processamento do milho no mês de maio de 2016 e submetidas a quantificação de fumonisinas pelo método de imunoensaio ROSA® Fumonisin Quantitative, cujo limite de detecção foi de 250 µg/kg. Paralelamente foram coletadas aleatoriamente 23 amostras (9 de milho e 14 de farinha), que foram submetidas simultaneamente a quantificação de fumonisinas pelo método ROSA® e pelo método Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, acoplado a espectrometria de massa sequencial LC MS/MS, a fim de estudar a existência de uma correlação entre os métodos. Das 1200 amostras analisadas, 370 (30,83%) apresentaram resultado positivo para fumonisinas totais, com concentrações variando de 278 a 1.522 µg/kg no milho, de 293 a 1.240 µg/kg na canjica, de 269 a 445 µg/kg no grits e de 267 a 512 µg/kg na farinha de milho. Entretanto, os teores de fumonisinas detectados no milho e derivados encontraram-se abaixo dos limites máximos tolerados pela legislação brasileira, sendo portanto, considerados aptos para consumo humano. O método ROSA® utilizado para quantificação de fumonisinas neste trabalho apresentou uma correlação de Pearson positiva forte (r = 0,98) com o método oficialmente empregado, indicando a possibilidade de utilização na quantificação de micotoxinas pelas indústrias processadoras, que necessitam de resultados rápidos, confiáveis e de baixo custo. Contudo, apesar dos níveis de fumonisinas detectados não representarem um risco à saúde dos consumidores, sugere-se um monitoramento constante de produtos à base de milho, tendo em vista que a contaminação por micotoxinas depende de um conjunto de fatores e representa um grande desafio para as indústrias processadoras de milho.