Fradique Mendes intelectual: o papel do escritor e a intervenção nos limites da história em Nação crioula de José Eduardo Agualusa
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3003 |
Resumo: | Os valores que simbolizam o Realismo português da segunda metade do século XIX defendem que a literatura e outras manifestações artísticas deveriam estar ligadas à vida das pessoas e aos problemas pelos quais Portugal passava. Esses princípios fundamentaram a criação de Carlos Fradique Mendes, personagem que denuncia os problemas da sociedade lusitana. Ele surge em poemas de Antero de Quental, Jaime Batalha Reis e Eça de Queirós, especialmente, no romance epistolar deste último, A Correspondência de Fradique Mendes, do final desse século. Entretanto, esta personagem ressurge na produção literária no final do século XX em Nação Crioula do escritor angolano José Eduardo Agualusa, romance também epistolar que apresenta novas aventuras que reescrevem os relatos ficcionais e históricos havidos entre Portugal, Angola e Brasil. Assim, tanto Eça quanto Agualusa lidam com problemas sociais, políticos e econômicos de seus países, e a literatura passa a ter um caráter predominantemente interventivo. Entretanto, enquanto o Fradique de Eça volta-se para o espaço europeu, o Fradique de Agualusa está preocupado com os problemas de Angola (e do Brasil), atuando em defesa da liberdade humana e enfrentando os escravagistas, o que atesta seu papel de intelectual. |