A Metaficção historiográfica em Teoria geral do esquecimento de José Eduardo Agualusa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Dadico Sobrinho, João Marcos lattes
Orientador(a): Dantas, Gregório Foganholi lattes
Banca de defesa: Barzotto, Leoné Astride lattes, Feldman, Alba Krishna Topan lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1546
Resumo: As obras de José Eduardo Agualusa têm sido avaliadas como de grande importância para a literatura africana lusófona e, consequentemente, para a literatura em língua portuguesa como um todo. No seu trabalho, Teoria Geral do Esquecimento (2012), é perceptível a atualidade da proposta do autor e, ao se empenhar uma pesquisa bibliográfica sobre os principais teóricos da literatura e da história na contemporaneidade, é possível evidenciar alguns argumentos, que reforçam essa colocação. Ele insere vários personagens cujas identidades são forjadas a partir do contexto histórico específico de Angola antes, durante e após a guerra civil. O autor, ao utilizar desses personagens para construir uma narrativa de solidão, de interdependência social e de crítica política, propõe uma postura reflexiva ao leitor. Essas características de construção de personalidades descentradas, ex-cêntricas, dentro de uma narrativa intertextual e autorreflexiva com a própria história recente de Angola mostram-se pós-modernistas, típicas de uma metaficção historiográfica, como conceituada por Linda Hutcheon. De forma que o romance Teoria Geral do Esquecimento, se distancia dos romances históricos tradicionais ao construir um enredo cercado pelo cenário histórico da guerra civil angolana e, ao mesmo tempo, expor as principais dificuldades de relacionamento social e desenvolvimento das identidades nacionais na contemporaneidade A partir das teorias da literatura identitária e da pós-modernidade, essa dissertação analisa o romance como uma metaficção historiográfica, para, então, refletir sobre o porque os caminhos da pós-modernidade estão sendo trilhados por alguns romancistas históricos lusófonos africanos contemporâneos.