Desenvolvimento de filmes de isolado proteico de soja incorporados de extrato da casca de pinhão (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze) e aplicação como embalagem para óleo
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4338 |
Resumo: | O pinhão é uma semente proveniente da Araucaria angustifolia, conhecida popularmente como Pinheiro do Paraná, que se desenvolve no sul do Brasil, Argentina e Paraguai. As sementes de pinhão geralmente são consumidas cozidas em água e descascadas, sendo as cascas descartadas como resíduo. Estudos indicam que a casca do pinhão apresenta potencial antioxidante devido à presença de compostos fenólicos em sua composição. Desta forma, a utilização do extrato da casca pode ser uma excelente fonte de antioxidante para adição em filmes biodegradáveis a base de proteínas, visando a obtenção de embalagens ativas. Com base nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver filmes a base de isolado proteico de soja (IPS) através do método de casting, com incorporação de diferentes concentrações de extrato da casca de pinhão (EP). Nos filmes foram determinadas as propriedades mecânicas, permeabilidade ao vapor de água (PVA), propriedade térmica, microestrutura por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), capacidade antioxidante e concentração de compostos fenólicos totais. Na segunda fase do trabalho, o potencial de aplicação dos filmes foi investigado a partir da produção de sachês utilizando o filme controle (C) e com adição de 2% de extrato de pinhão (EP2) para armazenamento de óleo de linhaça dourada. De modo geral, a incorporação de EP nos filmes não alterou de forma significativa as propriedades mecânicas e a PVA, mas causou mudanças na coloração dos filmes, proporcionando uma cor marrom escuro. Os filmes com EP apresentaram significativa capacidade antioxidante, correlacionando com os valores de compostos fenólicos. Os espectros de FTIR revelaram possíveis interações entre o EP e IPS e as curvas de calorimetria exploratória diferencial (DSC) indicaram um aumento na estabilidade térmica dos filmes em razão da adição de EP. A estabilidade do óleo de linhaça embalado nos sachês foi monitorado pelo índice de peróxidos e coeficiente de extinção específica (dienos conjugados-K232, trienos conjugados-K270 e variação extinção específica-ΔK) foram realizados durante 10 dias de armazenamento acelerado (60ºC). Os sachês elaborados com os filmes se mantiveram íntegros durante todo período de estocagem. Após 10 dias de armazenamento, verificou-se efeito positivo do filme EP2 na estabilidade oxidativa do óleo de linhaça a partir dos menores valores de índice de peróxido, K232 e K270. Com base nos resultados obtidos, os filmes de IPS adicionados de EP podem ser uma alternativa de embalagem ativa biodegradável para alimentos com alto teor de gordura. |