Peso ao nascer e asma em adultos jovens de uma coorte de nascimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vitti, Fernanda Pino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-13022020-102326/
Resumo: Introdução: Evidências científicas demonstram que condições intrauterinas adversas que prejudicam o crescimento fetal podem apresentar consequências a longo prazo facilitando o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta, de acordo com a hipótese da Origem Desenvolvimentista da Saúde e da Doença. Essas condições adversas, tais como baixo peso ao nascer (BPN) e nascimento pré-termo (PT) tem sido apontadas como fatores de risco para asma. Objetivos: Avaliar a associação entre peso ao nascer e asma na vida adulta da coorte de 1978/79, estimando os efeitos direto e indireto. Métodos: Estudo de coorte, prospectivo e analítico, onde foram analisados os questionários padronizados e testes broncoprovocativos com metacolina de 1958 sujeitos com 23-25 anos de idade, pertencentes a coorte de nascidos vivos em Ribeirão Preto em 1978/79. A variável desfecho foi asma e a de exposição, peso ao nascer. Um gráfico acíclico direcionado (DAG) foi elaborado para mapear relações de causa e efeito entre as variáveis e foram construídos três construtos: asma, situação socioeconômica ao nascer (SES Nascimento) e situação socioeconômica atual (SES Adulto). O construto asma foi composto por hiperreatividade brônquica (valor de PCO2 <= 4 mg/ml), chiado nos últimos 12 meses e por diagnóstico médico. A análise de associação foi obtida por meio de Modelagem com Equações Estruturais (SEM). Resultados: 14,1% dos indivíduos foram diagnosticados com asma. Foi observado que menor valor de peso ao nascer apresentou efeito total (Coeficiente Padronizado [CP] =-0,110; p=0,030) na asma e efeitos indiretos via internação hospitalar até 2 anos e infecção respiratória até 5 anos (CP=-0,220; p=0.037) e via SES adulto e fumo do adulto (CP=-0,005; p=0.037). As variáveis de exposição SES nascimento, SES adulto, fumo materno, fumo do adulto, infecção respiratória até 5 anos e internação hospitalar até 2 anos também apresentaram efeitos total, direto e indireto no desenvolvimento de asma na vida adulta. Conclusão: Peso ao nascer aumentou risco total e se associou indiretamente com a asma no adulto jovem, via internação até os 2 anos e infecção até os 5 anos e via SES adulto e fumo adulto