Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Passos, Isadora Castilho Moreira de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13112024-150558/
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Resumo: |
Introdução: A Coronavirus Disease 19 (COVID-19) destaca-se como importante causa de hospitalização de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A enfermagem é imprescindível no cuidado desses doentes críticos, que demandam alta carga de trabalho da equipe. Considerando a escassez de estudos que analisam essa demanda de cuidados de enfermagem prestados aos pacientes infectados pelo novo coronavírus, propõe-se a realização desta pesquisa. Objetivo: Analisar aspectos da carga de trabalho de enfermagem requerida por pacientes com COVID-19 durante a internação na UTI. Método: Estudo de coorte retrospectivo que analisou prontuários eletrônicos de pacientes adultos (>-18 anos), infectados pela COVID-19 e que permaneceram internados por, no mínimo, 24 horas em uma das sete UTIs de um hospital quaternário de São Paulo, entre 01/04/20 a 30/06/20. A carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo Nursing Activities Score (NAS). Foram analisadas variáveis relacionadas às características demográficas e comorbidades dos pacientes, do tratamento intensivo recebido durante a internação, evolução clínica e gravidade. Os testes t-Student, Wilcoxon-Mann-Whitney, t-Welch e One-Way Anova, além de correlação de Pearson, foram aplicados nas análises e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A casuística compôs-se de 267 pacientes (58,0% do sexo masculino, idade média de 61,0 anos). O NAS, mensurado 3.805 vezes na amostra, apresentou média de 95,6 (DP 24,5) e mediana de 96,6 (variação de 16,8 a 176,8). A maioria dos pacientes pontuou no subitem b (cuidados além do normalmente demandado por pacientes em UTI) nas intervenções classificadas conforme complexidade (itens 1, 4, 6 e 8 do instrumento NAS). Investigações laboratoriais (97,9%), medicação exceto drogas vasoativas (97,0%), suporte respiratório (90,9%), tratamento para melhora da função pulmonar (96,0%) e medida quantitativa do débito urinário (87,4%), foram intervenções de enfermagem frequentes na amostra. Não houve correlação entre o NAS e a gravidade dos pacientes críticos (coeficientes de correlação inferiores a 0,160). Pacientes que necessitaram de ventilação mecânica invasiva (p<0,001), traqueostomia (p=0,012), posição prona (p=0,024), terapia de substituição renal (p<0,001), sedação/bloqueador neuromuscular (p<0,001), droga vasoativa (p<0,001), bomba de insulina (p<0,001) e/ou óxido nítrico (p=0,008), além daqueles que desenvolveram lesão por pressão (p=0,010) e/ou morreram na unidade crítica (p<0,001), demandaram significativamente mais carga de trabalho de enfermagem da equipe durante a internação na UTI do que aqueles sem essas condições. Conclusão: Os achados deste estudo evidenciaram aspectos inerentes aos pacientes com COVID-19 que impactam na carga de trabalho de enfermagem e podem auxiliar no dimensionamento da equipe de enfermagem e em estratégias de capacitação dos profissionais, com foco na melhoria da qualidade da assistência intensiva prestada ao paciente com doença infectocontagiosa. |