Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Michelle Cristine Pedrosa Cortez do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-24072019-150205/
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Resumo: |
Aedes aegypti é o principal vetor envolvido na cadeia de transmissão de arboviroses como dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Diante dos desafios para diminuir o nível de infestação do vetor e do recente aumento do número de casos e agravos dessas doenças, torna-se indispensável aderir a novas estratégias para complementar o controle vetorial. O controle autocida é uma estratégia que induz um controle de natalidade sobre a população do inseto e que tem a criação em massa como etapa fundamental. Assim, o objetivo desse estudo foi aprimorar o protocolo de criação em massa, manipulação e transporte de adultos de Aedes aegypti para aplicação em biofábricas. Foram avaliados dados de 59 lotes de produção em massa da linhagem bissexual MBR-001 (Juazeiro, Bahia) e alguns dos seus parâmetros produtivos. A análise da MBR-001, mostrou baixo rendimento na produtividade de machos (<span style=\"text-decoration:overline; font-style: italic;\">X =18%), com reduzida produção de ovos (24,5 ovos/fêmea), em comparação com outra linhagem da mesma espécie. Com relação aos seus parâmetros produtivos, a manutenção de adultos em diferentes proporções sexuais nas gaiolas não afetou a produção de ovos viáveis (<span style=\"text-decoration:overline; font-style: italic;\">X = 60%). A MBR-001 apresentou também um baixo rendimento, revelando que ajustes no protocolo de criação são necessários. Tais adaptações são cruciais para reduzir a demanda de espaço físico e o custo da produção. Atrelado a isso, foram desenvolvidas gaiolas de criação em massa, e determinadas densidades de adultos (DRS: cm2/mosquito) para otimizar a produção de ovos viáveis. Os testes realizados com a linhagem Rockefeller revelaram melhor desempenho produtivo em DRS de 1.7 e 1.4 (cm2/mosquito). No que diz respeito à criação larval, foi verificada que não há ocorrência de protrandria em fase larvária logo após eclosão, e ainda, foram desenvolvidas seis dietas com insumos nacionais de baixo custo, uma delas apresentou maior rendimento acumulado de machos (<span style=\"text-decoration:overline; font-style: italic;\">X = 45%) em relação à dieta controle (<span style=\"text-decoration:overline; font-style: italic;\">X = 37%). Além disso, uma ampla faixa de densidades larvais foi testada para determinar as condições ótimas de criação, sendo evidenciado que densidades entre 1.0 e 2.5 larvas/mL são adequadas para a produção em massa. Esses resultados contribuem para o aprimoramento das condições ideais de produção de machos estéreis de qualidade, com uma melhor relação custo-benefício. Por fim, foram determinadas as condições iniciais para o transporte de adultos entre biofábrica e áreas-alvo de liberação de insetos estéreis. A imobilização de Ae. aegypti à 2-5°C (45 minutos) com subsequente transporte em baixas temperaturas (4-7°C) por até seis horas, não afetou a sobrevivência e habilidade de voo do mosquito. De forma geral, o presente trabalho forneceu informações, produtos e condições que contribuíram para o desenvolvimento de um protocolo padronizado e para o aprimoramento da criação em massa de Ae. aegypti, visando a produção de insetos de qualidade e a redução dos custos operacionais em estratégias de controle autocida. |