Obtenção e caracterização de estirpes do vírus do mosaico dourado do feijoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Baptista, Elizabeth Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240522-110311/
Resumo: O conhecimento de estirpes de um vírus é de importância para o estudo de qualquer fitovirose. Serve para estudar as relações de parentesco através de testes de proteção cruzada. Estirpes fracas podem ser usadas para proteger uma planta contra a ação de estirpes mais patogênicas do mesmo vírus, através da premunização, constituindo este um método de controle da moléstia. Foram tentados diferentes métodos para obtenção de estirpes do complexo do vírus do mosaico dourado do feijoeiro (VMDF). O melhor método foi o de seleção de plantas afetadas com o VMDF que apresentavam sintomatologia diferente da comumente induzida pelo complexo normal do vírus. Cinco estirpes do complexo brasileiro do VMDF, segregadas naturalmente, foram selecionadas com base nos sintomas que induzem e estudadas comparativamente em testes com o vetor, a mosca branca Bemisia tabaci. Três das estirpes obtidas (FR-1, FR-2 e FR-pi) induzem sintomas de mosaico fraco; uma estirpe (MO-1) induz sintomas moderados e a quinta estirpe (FO-1) induz sintomas mais severos do que o isolado representativo do complexo normal do vírus (CN-1) da região de Campinas. Estas estirpes se mantiveram constantes após sucessivas inoculações pelo inseto vetor na variedade de feijoeiro (Phaseolus vulgaris) Preto. Com as estirpes FR-1, FR-2 e FO-1 foram feitas inoculações em diferentes variedades de feijoeiro e nas espécies Phaseolus acutifolius, P. longepedunculatus e P. lunatus. Em todas as variedades e espécies observou-se certo paralelismo na intensidade dos sintomas com cada uma das estirpes inoculadas. Três variedades resistentes ao VMDF, Rosinha G2/69, F3 (TMD1 X Rosinha), TMD1 e a variedade Preto suscetível foram inoculadas com as estirpes FR-1, FO-1 e com o isolado CN-1. Pode-se constatar que não obstante as variedades resistentes apresentarem sintomatologia mais fraca quando infetadas com as diferentes estirpes em relação ao feijoeiro Preto, não houve alteração com relação à estirpe infetante do vírus, pois quando retornadas para o feijoeiro Preto apresentaram a sua sintomatologia característica, confirmando a resistência das três variedades utilizadas e as diferenças sintomatológicas existentes entre as estirpes FR-1, FO-1 e o isolado CN-1. Estudos comparativos com as estirpes FR-1 e FO-1 relacionados com período de aquisição, inoculação e influência do número de insetos na eficiência da transmissão, indicaram não existir diferenças entre ambas quanto aos parâmetros estudados. Foram feitas tentativas de transmissão mecânica com as diferentes estirpes segregadas. Das 300 plantas inoculadas, nenhuma foi infetada, mostrando que as estirpes obtidas não se diferenciam do complexo normal quanto à transmissibilidade mecânica.