Identificação de isolados do Sida mottle virus e Sida micrantha mosaic virus não transmissíveis por Bemisia tabaci biótipo B que infectam maracujazeiros (Passiflora edulis f. flavicarpa)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Alves, Ana Carolina Christino de Negreiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-24102012-153930/
Resumo: Doenças causadas por virus do gênero Begomovirus (família Geminiviridae) são incomuns em espécies de passifloras. Nos últimos dez anos, entretanto, foram encontrados no Brasil begomovirus infectando passifloras em pomares nos municipios de São Fidelis (RJ), Paragominas (PA), Patos de Minas (MG) e Araguari (MG). Estes isolados foram transmitidos mecanicamente para plantas de Nicotiana benthamiana, que apresentaram sintomas de mosaico e deformação foliar. Também foi possível a transmissão para plantas de Sida rhombifolia através de inoculação por biobalística com o DNA amplificado do isolado de São Fidelis. Estas plantas demonstraram sintomas de mosaico amarelo e deformação foliar. O DNA total extraído de plantas infectadas foi amplificado por RCA, sendo que o componente A (DNA-A) dos isolados de Paragominas e Patos de Minas foram sequenciados diretamente por \"primer walking\". O DNA-A dos isolados de São Fidelis e Araguari foram clonados e sequenciados. As sequências de nucleotideos dos isolados de Paragominas e de São Fidelis apresentaram 90% de similaridade ao Sida mottle virus (SiMoV), enquanto a sequência de nucleotídeos do isolado de Araguari apresentou 96% de similaridade ao Sida micrantha mosaic virus (SimMV). Assim esses isolados encontrados em maracujazeiro podem ser considerados estirpes do SiMoV e SimMV, respectivamente. Não foi possivel a transmissão desses isolados através de Bemisia tabaci biótipo B, no entanto, os insetos foram capazes de adquirir o vírus. O isolado de São Fidelis foi detectado separadamente na região onde se encontra a glandula salivar (cabeça e protórax) e na região posterior do inseto, indicando que o vírus transpos a barreira do mesenteron e circulou pela hemolinfa do inseto. Alves (2008) obteve uma forma atenuada do isolado de São Fidelis através de inoculações mecanicas em plantas de N. benthamiana. O DNA-A desta forma atenuada foi sequênciado e apresentou 90% de identidade ao isolado do qual se originou. A forma atenuada do begomovirus foi capaz de proteger plantas de maracujazeiro contra a estirpe severa do vírus.