Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Boing, Antonio Fernando |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-08042008-183028/
|
Resumo: |
Foi realizado estudo caso-controle de base hospitalar, envolvendo pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço e que participaram do \"Estudo Multicêntrico Latino-americano de Fatores Ambientais, Vírus e Câncer da Cavidade Oral e Laringe\" do projeto \"Genoma Clínico do Câncer\". Foram incluídos pacientes atendidos no Hospital Heliópolis, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho entre novembro de 1998 e dezembro de 2005. Consideraram-se casos os pacientes com diagnóstico histologicamente confirmado de câncer de boca, faringe ou laringe e controles pessoas atendidas nos mesmos hospitais por outros motivos que não neoplasia maligna e doenças associadas com os fatores de risco do câncer de cabeça e pescoço. A análise empregou regressão logística não-condicional baseada em modelo hierárquico de determinação. No nível mais distal foram incluídas as variáveis demográficas (sexo, cor de pele e idade), seguidas pela escolaridade (série mais elevada que a pessoa cursou) e ocupação (exercida por mais tempo). No nível mais proximal, foram considerados o consumo de tabaco e de álcool. Também foi investigado se a associação de instrução e ocupação com câncer de cabeça e pescoço se mediava apenas por padrões diferenciais de consumo de álcool e tabaco entre os estratos sociais, ou se havia variação residual que excedia esses dois fatores. Todas as análises conduzidas para câncer de cabeça e pescoço foram replicadas de modo específico para as localizações topográficas da boca, faringe e laringe em separado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo sob parecer no. 68/07 e os procedimentos estatísticos foram realizados no programa Stata 9. A amostra foi composta por 1017 casos e 951 controles. A análise hierárquica identificou maior chance de câncer de cabeça e pescoço entre os homens (OR=2,01; IC95% 1,57-2,59), pessoas entre 48 e 55 anos (OR=1,82; IC95% 1,42-2,33), pessoas sem estudo ou apenas alfabetizados (2,48; IC95% 1,73-3,52), entre pessoas com primeiro grau completo ou incompleto (1,31; IC95% 1,05-1,63) e entre as pessoas que exerceram durante mais tempo profissão manual (1,38; IC95% 1,10-1,74). Além disso, fumantes e consumidores de bebidas alcoólicas apresentaram maior razão de chances em relação àqueles que nunca consumiram os produtos. No modelo não hierárquico, mesmo após o ajuste por tabagismo e ingestão de álcool, maior chance foi verificada para o grupo de menor escolaridade em todas as localizações topográficas (exceto para os tumores de boca), e para pessoas com ocupações manuais (exceto para os tumores de boca e faringe). A identificação desse efeito residual indica haver fatores adicionais, além da exposição ao álcool e tabaco, operando na distribuição desigual do câncer de cabeça e pescoço entre os estratos sociais. |