Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Breno José Alencar Pires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-24112022-133221/
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Resumo: |
Introdução: Diversos estudos sugerem que o estresse crônico e níveis persistentemente elevados de cortisol estão relacionados a disfunção cognitiva e processos neurodegenerativos. O estudo brasileiro de memória e envelhecimento (Brazilian Memory and Aging Study BRAMS) é uma iniciativa de pesquisa para acompanhamento longitudinal de indivíduos em ambulatório especializado em cognição. Objetivos: investigar a relação entre marcadores de estresse crônico e status cognitivo no BRAMS, realizando comparações entre os grupos classificados como controle, declínio cognitivo subjetivo (DCS) e comprometimento cognitivo leve (CCL) (amnéstico, não amnéstico, único domínio ou múltiplos domínios). Secundariamente correlacionar os marcadores quanto ao status amiloide dos participantes. Metodologia: estudo observacional do tipo recorte transversal de subgrupo do BRAMS, em que indivíduos de idade > 60 anos que tiveram acesso à avaliação médica, neuropsicológica e PET amiloide. A presente análise busca aferir o índice de carga alostática (ICA), uma medida global de estresse crônico que engloba marcadores antropométricos, endocrinológicos, cardiovasculares, metabólicos e inflamatórios, correlacionando as variáveis com status cognitivo e status amiloide. Resultados: Entre os anos de 2018 e 2021, 77 participantes foram avaliados no presente protocolo, sendo que, destes, 65 preencheram critério de inclusão. A média de idade foi de 70,2 (+ 6,01) anos, sendo 72% do sexo feminino e escolaridade média de 11 anos (intervalo interquartil 7 15). Houve 42 indivíduos classificados como CCL, 15 como DCS e 8 como controles. Houve diferença significativa entre as medidas de HDL (high-density lipoprotein) (55,6 no grupo CCL vs. 66 no grupo DCS vs. 69 no grupo controle, p = 0,04), relação cintura/quadril (0,94 no grupo CCL vs. 0,88 no grupo DCS, p = 0.03) e também para a medida do ICA em valor percentual considerando os extremos de cortisol (ICA % cortisol p<12,5 ou p>87,5) (36,9% no grupo CCL vs. 27,2% no grupo DCS, p = 0,04). Corrigindo-se para fatores de confusão através da análise multivariável, maior escolaridade foi associada a risco reduzido de CCL. Maior escolaridade e classe econômica (ABEP) também foram associadas de forma independente a menor chance de DCS. Conclusão: o presente trabalho representa provavelmente uma das primeiras iniciativas de pesquisa a abordar as medidas de estresse crônico para além do cortisol em uma população com os diagnósticos de DCS e CCL, com marcadores aumentados no grupo CCL. Pela natureza transversal do estudo, as associações encontradas não permitem inferir causalidade entre as medidas, mas poderão ser melhor exploradas em seguimento longitudinal dos participantes no médio e longo prazo |