O que crer (não) quer dizer: multiplicidade de vozes na manifestação de crenças e estereótipos de estudantes de tradução de língua espanhola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Simão, Angélica Karim Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-03122010-153903/
Resumo: Os objetivos desta pesquisa foram fazer um levantamento das crenças de estudantes de tradução em formação e estabelecer até que ponto o compartilhamento de tais crenças pelo grupo configurou estereótipos sobre a tradução da língua espanhola por estudantes brasileiros. Para tanto, partimos de algumas hipóteses formuladas sobre as supostas crenças de estudantes de tradução e a relação com o contexto no qual se inserem. A análise fundamentou-se tanto no conteúdo das crenças e estereótipos, como na forma como eles foram manifestados nos enunciados presentes na amostra analisada, compondo uma análise semântica e sintático-enunciativa. Os diferentes níveis de análise apoiaram-se em trabalhos da Lingüística Aplicada, na Psicologia Social e na Teoria da Enunciação, e permitiram identificar um modo sintático-enunciativo marcado por contornos e contradições, que evitou a afirmação direta, caracterizando um modo de dizer marcadamente polifônico. Do ponto de vista semântico, pode-se confirmar algumas das hipóteses levantadas inicialmente ao observar a presença de crenças compartilhadas, que podem ser consideradas como estereótipos sobre a tradução da língua espanhola, destacando-se fortemente dois deles: a proximidade entre as línguas portuguesa e espanhola, responsável pela suposta facilidade do idioma para o tradutor brasileiro, e a projeção de um mercado de trabalho promissor em função do desenvolvimento do MERCOSUL. As crenças e estereótipos foram discutidos à luz das relações estabelecidas com o contexto do qual emergiram, considerando aspectos relacionados ao mercado de trabalho para o tradutor, as características implicadas no currículo do curso de Tradução e a situação do MERCOSUL, desde o seu surgimento, até o momento atual. Os dados, coletados por meio de 2 questionários, pautaram-se em duas técnicas de coleta específicas (substituição e descontextualização normativa) e foram extraídos de um contexto de ensino de tradução de nível superior público.