Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Zucoloto, Talita Graminha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-08112022-170901/
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Resumo: |
A esclerose sistêmica (ES) provoca fibrose progressiva da pele, podendo afetar órgãos internos. Nos casos graves, com envolvimento cutâneo difuso, ou nos quais existe acometimento visceral, a mortalidade pode atingir 30 a 50% em cinco anos, mesmo sob tratamento com medicamentos imunossupressores. O transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (TACTH) é uma alternativa terapêutica que tem se mostrado eficaz em controlar a progressão e, mesmo, em reverter algumas das manifestações da doença. Recentemente, estudos clínicos randomizados têm demostrado que o TACTH é superior aos tratamentos convencionais, proporcionando maior sobrevida, maior controle da progressão da doença e melhor qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, apesar do benefício clínico constatado, ainda restam dúvidas sobre o potencial terapêutico do TACTH, entre elas a reversibilidade do envolvimento do trato gastrointestinal. Assim, o presente projeto visou avaliar prospectivamente o impacto do TACTH sobre as manifestações clínicas da esclerose sistêmica, com ênfase no sistema digestivo e estado nutricional. Antes e após o transplante, os pacientes foram submetidos a um questionário traduzido e validado para a língua portuguesa do Brasil (do inglês, Gastrointestinal Symptom Rating Scale, GSRS), que avaliou queixas esofágicas, gástricas e intestinais. Também foram colhidos os resultados de exames laboratoriais rotineiramente realizados pelos pacientes, incluindo testes hematológicos e bioquímicos, e foram realizadas medidas antropométricas, bioimpedância, manometria de esôfago e avaliações de qualidade de vida. Antes do transplante, somente um paciente apresentava índice de massa corporal abaixo de 18 kg/m2, indicando desnutrição. Entretanto, a maioria dos pacientes apresentava alterações à bioimpedância que indicavam deficiências nutricionais. Após o transplante, houve melhora dos resultados do questionário GSRS, aumento dos níveis de albumina, e estabilização das medidas antropométricas, incluindo de bioimpedância. Houve aumento da qualidade de vida após o transplante, mas sem correlação com as notas do questionário GSRS. Em conclusão, o estudo sugere que o TACTH melhora alguns aspectos do envolvimento digestivo pela ES, porém esses resultados precisarão ser comprovados por estudos com maior número de paciente e seguimento mais prolongado. |