A experiência trágica do \"eu\" n\'O inominável, de Samuel Beckett: da relação entre morte, não-saber e a necessidade de continuar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Nathália Grossio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-26052015-120746/
Resumo: Partindo do exame dos pressupostos do realismo formal no romance, a dissertação pretende demonstrar como a desconfiança do narrador beckettiano quanto aos fundamentos que sustentam a voz em primeira pessoa e a estrutura ficcional do romance, observada desde Molloy e Malone Morre, dá lugar ao exame dos fundamentos relacionados à constituição da própria noção de subjetividade e desdobra-se em reflexões de natureza linguística em O inominável. Momento em que a hipótese de que é na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito, formulada pelo linguista Émile Benveniste, será desenvolvida considerando a dimensão trágica da experiência do eu. Com efeito, parte da tarefa da desta dissertação consiste em demonstrar a pertinência do trágico em O inominável, com o propósito de aprofundar a discussão teórica sobre a narrativa do século XX.