Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Bruno Marinho de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-02112013-121640/
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Resumo: |
Estudos em assimetria cerebral funcional (ACF) apontam que há diferenças entre os hemisférios cerebrais esquerdo (HE) e direito (HD). O HE é especializado para tarefas de linguagem enquanto o HD para tarefas espaciais. Ainda, pode ocorrer uma superestimação de tamanho no campo visual esquerdo (CVE) em relação ao direito (CVD). Já homens possuem melhor desempenho do HD em tarefas espaciais, mas nas mulheres o desempenho dos hemisférios é equivalente. Ainda, há evidências que homens são menos sensíveis ao contexto dos estímulos que mulheres. Mas não é claro como a forma do estímulo, a variação da sua distância ao centro da tela (excentricidade) e se um gradiente de textura podem afetar a ACF. Com base nisso, o objetivo desse trabalho foi verificar se a variação da excentricidade influenciaria a percepção de tamanho de dois tipos de estímulos no CVE e CVD em homens e mulheres (Experimento I). Também (Experimento II) verificar se um gradiente de textura influenciaria um possível efeito observado no Experimento I. Nos dois experimentos a técnica do campo visual dividido foi associada ao método dos estímulos constantes (30 repetições) com escolha forçada de duas alternativas (qual o maior?). Os estímulos no Experimento I foram círculos (um padrão e sete de comparação) e elipses horizontais (uma padrão e sete de comparação). Esses estímulos foram contrabalanceados em ambos os hemicampos visuais. Os estímulos foram apresentados em três excentricidades (2,5°, 5° e 7,5°) por 100ms num fundo cinza, para universitários destros (10 homens e 10 mulheres por tipo de estímulo). No Experimento II foram apresentados círculos a 2,5° num gradiente de textura (dividido verticalmente e com mesmas informações de profundidade no CVE e CVD), para 10 mulheres universitárias destras. A partir dos dados foram calculados o Erro Relativo e o coeficiente angular sensibilidade discriminativa. Os resultados do Experimento I mostram que a média do erro relativo do CVD para círculos a 2,5° foi maior que a 5° e 7,5°. Nas mulheres houve diferenças entre os hemicampos visuais a 2,5°, sendo o CVD superestimado. Os coeficientes angulares foram maiores a 2,5° de excentricidade e maiores também para os círculos. Os homens apresentaram diferença nos coeficientes angulares para a variação da excentricidade, sendo a de 2,5° maior que 5° e 7,5°. Já as mulheres tiveram coeficientes maiores para círculos. Nos círculos os coeficientes das mulheres a 2,5° foram maiores que a 7,5°. Nas elipses os coeficientes a 2,5° foram maiores em geral e nos homens. Nesses ainda houve uma diferença no CVD, em que os coeficientes a 2,5° foram maiores que a 7,5°. No Experimento II o erro relativo não mostrou diferenças significativas, exceto na comparação de resultados com o Experimento I. Nessa análise a média do CVE foi menor que do CVD. Os coeficientes não apresentaram diferenças significativas. Esses resultados mostram que a ACF não é um efeito absoluto, mas sim dependente das características dos estímulos, da tarefa e pode ser influenciada por diferentes estratégias de homens e mulheres. Apesar de haver diferenças na sensibilidade discriminativa, elas não resultaram numa distorção perceptual. Isso sugere que além da percepção, medidas de sensibilidade também devem ser analisadas para a ACF. Ainda, o efeito do gradiente de textura se sobrepõe a ACF. |