Tamanhos pictóricos percebidos sobre gradientes de textura desenhados e fotografados após exposições breves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bernardino, Leonardo Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-06112012-143101/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo investigar a dinâmica temporal da percepção de tamanho de objetos inseridos em gradientes de textura, provenientes de desenho gerado computacionalmente (gradiente de perspectiva) e de fotografia com elementos naturais (gradiente fotografado). Além disso, verificou-se a ocorrência e padrão dos movimentos oculares nestas condições. Para isso, foram realizados 2 experimentos. No primeiro experimento, dois círculos negros eram apresentados no meridiano vertical e a tarefa dos 96 participantes foi indicar em qual parte do campo visual, superior ou inferior, foi apresentado o maior círculo. Usando o método das escadas duplas, estes círculos eram apresentados brevemente (50, 100, 150 ou 200 ms) em três condições de fundos de tela (sem textura, gradiente de perspectiva ou gradiente fotografado). Foram calculados a inclinação da função psicométrica e o ponto de igualdade subjetivo (PIS) como medidas da sensibilidade discriminativa e da distorção perceptiva, respectivamente. Os resultados mostraram que os participantes discriminaram melhor o tamanho dos estímulos à medida que o tempo de exposição aumentava, independentemente do gradiente de textura. A análise do PIS revelou que há uma forte distorção do tamanho aos 100 ms para o gradiente de perspectiva e aos 150 ms para o gradiente fotografado. No segundo experimento, 24 participantes realizaram uma tarefa semelhante ao do primeiro experimento e utilizou-se um eye tracker para registrar o movimento ocular. Os resultados mostraram que, em apresentações de 150 e 200 ms, os movimentos oculares ocorreram em menos de 10% das tentativas em todos os fundos de tela. Isto indica que a redução das distorções de tamanho após os 100 ms observada no primeiro experimento não é explicada completamente pela alocação da atenção. Tomados em conjunto, estes resultados sugerem que o processamento e integração das informações de tamanho e profundidade são mediados principalmente por mecanismos bottom-up. Ademais, em uma condição de menor restrição temporal (1500 ms), a presença de informações de profundidade afetou a dimensão espacial das fixações e sacadas, mas não a dimensão temporal. Os participantes olharam preferencialmente para o estímulo apresentado no campo visual superior, o que indica que a atenção foi alocada às posições de maior profundidade. Os resultados também indicaram que os estímulos maiores capturaram tanto a atenção transitória quanto a atenção sustentada. Assim, este estudo permitiu um maior conhecimento sobre os mecanismos perceptivos e atentivos envolvidos no processamento das informações de tamanho e de profundidade.