Reconhecimento de faces com filtragens de frequências espaciais altas e baixas nos hemicampos visuais direito e esquerdo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Moraes Júnior, Rui de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-17012013-211718/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo investigar se o reconhecimento de faces ocorre prioritariamente por processamento analítico ou holístico nos hemisférios cerebrais em homens e mulheres por meio do estudo do espectro de frequência espacial. Para isso, no Experimento I, 40 voluntários (20 mulheres) realizaram duas sessões. Em cada uma delas foram memorizadas 14 faces para uma tarefa de reconhecimento. Nesta, cada face foi apresentada por 300 ms, e em uma das sessões as imagens foram apresentadas somente no hemicampo visual direito, e noutra só no hemicampo visual esquerdo por meio de uma adaptação do método do campo visual dividido. A tarefa dos participantes foi assinalar o grau de confiabilidade de sua resposta (confidence rating method) ao discriminar as faces memorizadas de outras inéditas. Os estímulos da tarefa de reconhecimento foram apresentados em três condições: (1) em frequências espaciais altas, FEAs, (2) em frequências espaciais baixas, FEBs, e (3) sem filtragem, SFE. As frequências de respostas aos graus de confiabilidade permitiram calcular as curvas ROC e os parâmetros Az e da da Teoria de Deteção de Sinal. Por meio destes, foi comparado o desempenho do reconhecimento facial nas diferentes faixas do espectro espacial. De maneira complementar, foi realizado uma ANOVA para testar a diferença dos tempos de resposta no reconhecimento entre as filtragens. Não foi evidenciada especialização hemisférica no reconhecimento de faces com filtragem espacial. Mas homens, de modo tênue, perceberam melhor faces em FEBs e mulheres em FEAs. Para verificar se este resultado não se deu em função da apresentação lateralizada, foi realizado o Experimento II, nos moldes de uma sessão experimental do Experimento I, mas com apresentação central. Vinte voluntários (10 mulheres) participaram do experimento. Novamente, homens e mulheres foram mais sensíveis às faces em FEBs e FEAs, respectivamente. Deste modo, conclui-se que homens utilizam mais recursos holísticos e mulheres, por sua vez, operações analíticas. Os resultados dão bases para a não ocorrência de especialização hemisférica de frequencias espaciais no reconhecimento de faces em longos tempos de exposições. A diferença de sexo observada e nos atenta para a necessidade de controle amostral por sexo em pesquisas da área.