Aspectos morfofisiológicos da copa e do sistema radicular de espécies de Eucalyptus e Corymbia com diferentes tolerâncias à deficiência hídrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ávila, Patrícia Andressa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-13082020-122418/
Resumo: A maioria das plantações comerciais florestais no Brasil é composta por espécies e híbridos de Eucalyptus e Corymbia que têm se expandido para regiões com diferentes características de regime pluviométrico, temperatura e sazonalidade climática. O déficit hídrico (DH) é um dos principais fatores que limitam o crescimento e a produção das espécies. O objetivo desse estudo foi avaliar os aspectos morfológicos e fisiológicos da copa e do sistema radicular, bem como produção de folhedo e distribuição de nutrientes na planta, de espécies de Eucalyptus e Corymbia com diferentes tolerâncias ao déficit hídrico. Este estudo foi conduzido na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga - SP, Esalq-USP. O experimento possui seis tratamentos, cada um composto por uma espécie com um nível de tolerância hídrica (E. grandis e E. urophylla, baixa tolerância; E. cloeziana e C. citriodora, tolerância intermediária; E. camaldulensis e E. brassiana, alta tolerância). Para cada espécies foi instalada uma parcela experimental, lado a lado, sob um mesmo extrato climático (Cwa) e tipo de solo (Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico de textura média). No primeiro capítulo foi avaliada a produtividade e alguns aspectos morfisiológicos da copa das espécies. Quanto maior a tolerância ao déficit hídrico, menor o crescimento volumétrico e de massa da espécie. Entretanto, espécies mais tolerantes possuem menor área e índice de foliar, densidade estomática e potencial hídrico foliar. No segundo capítulo foi avaliado o sistema radicular das espécies. Independentemente da espécie, houve predominância de raízes finas na camada de 0-30 cm do solo e, ao mesmo tempo, diminuição do sistemas radicular com o aumento da idade. O E. camaldulensis apresentou maior comprimento radicular acumulado, enquanto o E. brassiana obteve maior comprimento e área radicular específica no perfil do solo. Espécies com baixa e intermediária tolerância ao DH apresentaram raiz pivotante com maior e menor ramificações laterais. Espécies mais tolerantes ao DH apresentaram várias raízes grossas e média verticalizadas sem raiz pivotante definida. Finalmente, procurou-se investigar a produção sazonal de folhedo e distribuição de nutrientes nas espécies (terceiro capítulo). Foi observado que no período chuvoso as espécies mais tolerantes ao déficit hídrico, C. citriodora, E. camaldulensis e E. brassiana, apresentaram maior teor de B no folhedo. Essas espécies demonstraram maiores teores de N, Ca, Cu e Zn e menor teor de S na raiz e menor estoque de N e P na folha. O E. camaldulensis teve maior estoque de K nas folhas e raiz, e mais Ca na casca no primeiro ano pós-plantio.