Análise da evolução e do desfecho obstétrico em pacientes com gestações de alto risco após analgesia de parto com duplo bloqueio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Utiyama, Raul Yao
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-26022024-092029/
Resumo: A realização de duplo bloqueio é uma forma de inibir a dor do trabalho de parto. O duplo bloqueio consiste na raquianestesia associada à peridural. O objetivo do estudo foi avaliar, em mulheres com gestação de alto risco, se a analgesia de parto com duplo bloqueio aumenta a taxa de cesáreas. Um total de 177 pacientes divididas em dois grupos foram incluídas neste estudo prospectivo do tipo quase-experimental. Um grupo foi constituído com pacientes que não solicitaram analgesia e o outro constituído com pacientes que solicitaram analgesia. O duplo bloqueio foi realizado com 2,5 mg de bupivacaina com glicose e 5 mcg de sufentanil no espaço subaracnóideo e passagem de cateter peridural para injeção de 10 mL de ropivacaina a 0,2% nos momentos de necessidade. A analgesia de parto com duplo bloqueio em gestantes de alto risco não mostrou aumento na taxa de cesáreas. Das 90 pacientes que não solicitaram analgesia, 66,7% seguiram com a via normal de parto e 33,3% tiveram que passar por parto cirúrgico. Das 87 pacientes que solicitaram analgesia, 70,1% conseguiram ter o parto normal e 29,9% tiveram parto cesárea. A paridade demonstrou ter relevância significativa para a solicitação de analgesia. Das 177 pacientes, 68 eram primigestas e 109 multigestas. Das 68 primigestas, 35,3% solicitaram analgesia e 64,7% não solicitaram. Das 109 multigestas, 60,5% solicitaram analgesia de parto e 39,5% não solicitaram. Entre as gestantes que solicitaram analgesia de parto, aquelas com diabetes apresentaram maior chance de parto cesárea. Em comparação, das 56 pacientes com outras comorbidades que receberam analgesia, 78,6% tiveram parto normal e 21,4% tiveram parto cesariana. Conclusão: A analgesia de parto com duplo bloqueio não aumentou o risco de cesariana. Gestantes primigestas solicitam mais analgesia de parto.