Analgesia de parto no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto: técnicas utilizadas e efeitos no binômio materno-fetal e evolução do parto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Meirelles, Henrique Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-25092024-112407/
Resumo: A dor, durante o trabalho de parto, é intensa e pode durar muitas horas. Amenizar ou abolir a dor do trabalho de parto e do parto tem função humanitária e ajuda a melhorar alguns aspectos relacionados ao binômio materno-fetal. A analgesia reduz a hiperventilação e a concentração plasmática de catecolaminas na mãe e isso preserva o fluxo sanguíneo uterino, fazendo com que o feto não sofra hipóxia. Várias são as formas de prover analgesia durante o parto. Este trabalho teve o objetivo de averiguar quais estratégias são utilizadas para tratar ou prevenir a dor do trabalho de parto e a efetividade de cada uma delas no tocante aos desfechos: incidência de partos operatórios, evolução do parto e vitalidade fetal. O estudo foi do tipo retrospectivo. Foram resgatadas as fichas anestésicas e os prontuários de todas as pacientes submetidas à analgesia de parto durante o ano de 2019. Ao todo, 435 pacientes foram submetidas ao procedimento e 94,94% delas receberam duplo-bloqueio, 4,82% receberam raquianestesia 0,22% receberam analgesia peridural. Com relação aos desfechos, 76,32% das pacientes tiveram a finalização do parto pela via vaginal natural, 20,49% pela via abdominal e 3,21% pela via vaginal operatória (fórceps). Das 413 pacientes que receberam duplo-bloqueio, em 278 delas não houve a necessidade de dose de resgate adicional pelo cateter peridural durante todo o trabalho de parto e parto. Quase a totalidade das pacientes recebeu 5 microgramas de sufentanil e 2,5 mg de bupivacaína no espaço subaracnóideo durante a a realização do procedimento. Quando houve necessidade de dose de resgate, a ropivacaína a 0,2% foi o anestésico mais utilizado. A mediana da dilatação cervical no momento da indicação da analgesia foi de 6 cm. A dilatação cervical não interferiu no momento da realização da anestesia não interferiu no tipo de finalização do parto. A limitação do trabalho foi a não mensuração da dor antes e após a realização do duplo-bloqueio. Na primeira avaliação da dinâmica uterina realizada após o bloqueio, o número de contrações em 10 minutos e a intensidade das contrações diminuiu. Não foi possível concluir se a analgesia produziu algum efeito negativo no binômio materno fetal, pois a duração do trabalho de parto não foi quantificada e não havia relatos suficientes nos prontuários, mas as pacientes submetidas à analgesia tiveram baixa incidência de partos operatórios.