Ensaio clínico randomizado sobre o impacto da analgesia de parto nos níveis séricos de catecolaminas, frequência cardíaca fetal e tônus uterino em gestantes com comorbidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Shirley Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5176/tde-09112021-123814/
Resumo: INTRODUÇÃO: A técnica combinada raqui-peridural para analgesia de parto tem sido associada a bradicardia fetal e hipertonia uterina, com provável etiologia na diminuição assimétrica dos níveis séricos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), comparada com analgesia epidural. Porém, não há evidências sólidas de que esse fenômeno ocorra com as modernas técnicas de analgesia, assim como não foi avaliado em mulheres com doenças prévias. Este estudo teve como objetivo comparar a anestesia combinada e peridural em relação às medidas de catecolaminas, aumento do tônus uterino e alterações da frequência cardíaca fetal em pacientes com comorbidades prévias. MÉTODOS: Ensaio clínico duplo-cego, randomizado, com 50 pacientes com comorbidades (ASA II ou III) ou fetos com restrição de crescimento intrauterino, divididos em dois grupos iguais: analgesia combinada raqui-peridural e peridural isolada. Os desfechos primários foram: padrões de medida de catecolaminas séricas, hipertonia uterina e alterações na frequência cardíaca fetal, comparando os grupos antes e depois do bloqueio neuroaxial. Os desfechos secundários foram: episódios de hipotensão, escores de dor e dados fetais ao nascimento. RESULTADOS: No grupo combinada houve queda média da adrenalina de 45 pg / ml e noradrenalina de 170 pg / ml e no grupo peridural 31 e 26 pg / ml, respectivamente (adrenalina: p = 0,96 e noradrenalina: p = 0,63). Não houve diferença estatística em relação às alterações na frequência cardíaca fetal (combinada 32% vs epidural 22,7%; p = 0,478) e hipertonia uterina (combinada 32% vs epidural 13,6%; p = 0,138). Os grupos foram semelhantes para episódios de hipotensão (combinada 20% vs peridural 27,3%; p = 0,557). O alívio da dor e os resultados fetais foram semelhantes. CONCLUSÕES: Não houve evidência de desequilíbrio de catecolaminas mais intenso na anestesia combinada, pois não houve diferença entre os grupos com relação às dosagens séricas isoladas de catecolaminas, além de que os grupos se mostraram semelhantes com relação à variação nos valores antes e após a analgesia. Não houve diferença entre os grupos anestesia combinada e peridural com relação a alterações na frequência cardíaca fetal e hipertonia uterina, sejam isolados ou ocorrendo simultaneamente. Os resultados fetais, o alívio da dor após o bloqueio e os episódios de hipotensão materna também não foram diferentes