Moradores de rua - pobreza e trabalho: interrogações sobre a exceção e a experiência política brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Barros, Joana da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-12052023-095117/
Resumo: Este trabalho analisa a experiência da vida na rua, a constituição da rede de atendimento, em suas diferentes formas (estatais ou não), aos moradores de rua. A primeira questão tratada diz respeito à constituição da população de rua como uma questão propriamente sociológica, o que abre a possibilidade de debate sobre a maneira como foi lida a pobreza na história e na experiência pública brasileiras, em nosso passado recente. A constituição da rede de atendimento à população de rua e sua importância na estruturação de uma política pública de atendimento, no começo dos anos 1990, bem como as mudanças do perfil e orientação de atendimento, no começo dos anos 2000, são analisadas neste trabalho, procurando entender através destes dois momentos diversos as transformações recentes no cenário político brasileiro. Pretende-se, assim, discutir as figurações dos moradores de rua nestes programas e o que significa a articulação entre políticas públicas de atendimento emergencial e ações da sociedade civil organizada; tanto sob a ótica dos \"atendidos\" no programa municipal, bem como para o cenário no qual se reconfiguram as políticas públicas brasileiras. Entende-se nesta dissertação que a população de rua coloca em questão a modernização brasileira como uma exceção permanente, cobrando um exame atento das próprias categorias sociológicas através das quais pensamos a experiência política no Brasil