Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cunda, Mateus Freitas |
Orientador(a): |
Silva, Rosane Azevedo Neves da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196381
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Resumo: |
O que chamamos por População em Situação de Rua reúne, numa categoria, os movimentos de dispersão, segmentação, periferização e rualização, enunciando a questão Social das cidades. Expressa um dos limites da pobreza urbana, à margem das políticas protecionistas e habitacionais. De modo transversal, manifesta as questões indígena, negra e feminina, marcos da expropriação burguesa, branca e patriarcal. A categoria não representa, assim, uma essência do viver na rua: transparece, muito mais, as formas sempre reinventadas das pessoas sobreviverem nas grandes cidades e terem reconhecida suas cidadanias. Por outro lado, há um sistema assistencial que se acopla aos desabrigados, desassistidos, desfiliados: misto de estratégia pública e filantrópica, direcionando para esses sujeitos códigos científicos, policiais e religiosos, cada qual com suas técnicas de correção. Movimentam esse sistema personagens como o “vagabundo”, o “mendigo”, a “louca”, o “malandro”, o “maloqueiro”, o “dependente químico” e outros nomes-alvos das políticas cotidianas de opressão da rua. Nesse meio, os habitantes da rua afirmam um modo de vida rueiro, com estratégias de proteção individuais e coletivas, negociando diariamente o assentamento na cidade. A tese busca, numa inspiração genealógica, arquivos sobre a história da cidade de Porto Alegre para identificar como as configurações do Social afetaram o campo em questão, acompanhando o surgimento e desaparecimento de serviços assistenciais, bem como os conceitos que os orientavam. Busca, enfim, configurar a política rueira, com os movimentos de resistência e luta pelos direitos civis de uma população segmentada da cidade, com os saberes que se formam na vivência da rua. |