O luto em adolescentes pela morte do pai: risco e prevenção para a saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Mota, Monica Maria de Angelis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Pai
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-30032009-103843/
Resumo: Este estudo explora, descreve e discute a vivência de luto de cinco adolescentes que perderam o pai biológico por morte de causas diversas. Para tanto, investigaram-se vivências e manifestações relacionadas a essas experiências de perda, suas repercussões para os jovens e para seu desenvolvimento emocional, as estratégias de que eles se valeram para enfrentar esse luto, sua resiliência frente à perda vivida (capacidade do jovem de resistir às adversidades geradas pela morte do pai, adaptar-se e manter-se psicologicamente saudável), identificando-se fatores de risco (vulnerabilidades) e de proteção para a elaboração desse luto e o desenvolvimento dos adolescentes, bem como a necessidade ou não de se proporem formas de cuidado específicas para os enlutados, entre as inúmeras possibilidades terapêuticas, mesmo que profiláticas. Como procedimento, usaram-se o Inventário de Auto-avaliação para jovens de 11 a 18 anos (YSR), para rastrear a eventual presença de problemas de saúde mental, e uma entrevista semi-estruturada com roteiro. A análise dos dados obtidos estabeleceu que o luto pela morte do pai biológico na adolescência tem características próprias, distinguindo-se do luto que essa perda acarreta em outras etapas do ciclo vital, em função dos desafios singulares do desenvolvimento nesse período. Embora a morte do pai biológico represente para o adolescente uma crise, também pode ser uma oportunidade para que, no enfrentamento dessa perda, ele amadureça. Constatou-se ainda a importância do suporte social de uma rede de apoio que compreenda e atenda as necessidades do enlutado, sobretudo pela presença de uma mãe funcional, para a ressignificação dessa perda, além de que, se o adolescente tem dificuldade para expressar seu luto, pode ficar entorpecido e negar as conseqüências dessa perda, comprometendo seu desenvolvimento emocional.