Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Sato, Patrycia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-23082017-140919/
|
Resumo: |
A exigência de consumidores por alimentos originados de sistemas que forneçam boas condições de vida aos animais de produção consiste numa realidade em inevitável crescimento. Legislações internacionais elaboradas por demanda de mercado pressionam os produtores e a indústria brasileira a cumprir normas que estabelecem padrões mínimos de bem-estar animal (BEA). No caso específico da suinocultura, um dos aspectos mais polêmicos é o alojamento das matrizes durante a gestação. As gaiolas individuais, sistema convencional no Brasil, promove limitação física e social, além de predispor a distúrbios locomotores e comportamentais. Por outro lado, o sistema proposto para melhorar o BEA, as baias coletivas, provocam outros problemas, como as brigas por disputa hierárquica e por alimento, e o baixo controle individual, que poderiam prejudicar o desempenho reprodutivo. Dessa forma, um equipamento individual de arraçoamento automatizado (ESF) foi desenvolvido para amenizar essa situação. Para descobrir o efeito do alojamento em grupo com o ESF no desempenho reprodutivo das matrizes, foi realizada uma comparação de dados reprodutivos dos dois sistemas, localizados numa mesma propriedade. Dados mensais de três anos foram coletados dos registros das granjas e analisados por teste T-Student para as variáveis paramétricas e por teste de Mann-Whitney para as não paramétricas. De acordo com os resultados, o desempenho das matrizes alojadas em baias foi superior. Apenas a média do peso do leitão ao nascimento foi significantemente inferior em relação ao sistema individual, sugerindo que a conversão de sistemas é não apenas favorável ao BEA e ao mercado exigente, mas também para a produtividade. Além da questão do produtor, é essencial avaliar a percepção do consumidor brasileiro quanto ao BEA, visto que seu poder de compra é uma forte influência no mercado, e que apenas as exigências internacionais não são suficientes para provocar mudanças em todos os sistemas de produção do país. Por isso, também foi realizado um levantamento com consumidores. Utilizou-se dois métodos de coleta: online e em campo (pontos de comércio), para uma maior abrangência e representatividade. Os dados coletados foram analisados por estatística descritiva, e o teste Qui-quadrado foi aplicado para avaliar se houve associação entre a distribuição das respostas e o perfil dos participantes. Ambas as pesquisas demonstraram que o consumidor reconhece a senciência dos animais de produção, sente que é dada pouca importância ao tema no Brasil, enquanto consideram o governo como principal responsável por promover melhorias. Concordam que consumir produtos com certificação em BEA pode contribuir para melhorar as condições dos animais, apesar de não conseguirem identificar o selo nas embalagens. Além disso, apesar dos participantes alegarem não conhecer os sistemas de produção atuais, demonstraram interesse sobre o assunto e disposição para pagar mais por produtos certificados. No entanto, algumas respostas devem ser indagadas quando pareadas com o real comportamento do consumidor. |