Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Rafael Sales de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-30082024-110900/
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Resumo: |
O diabetes mellitus do tipo 1 (DM-1) é doença multifatorial, causada pela destruição de células β produtoras de insulina, mediada principalmente pela ação de linfócitos T, em indivíduos geneticamente susceptíveis, na presença de diversos fatores ambientais. Os alelos HLA-DRB1*03, *04 e DQB1*0302 e *0201 estão fortemente associados com susceptibilidade ao DM-1 em diversas populações. Recentemente, em estudo de ligação, foi descrita região de susceptibilidade genética, independente dos alelos HLA de classe II, localizada próxima ao gene não clássico de classe I, HLA-G. A molécula HLA-G foi inicialmente identificada na interface materno-fetal, em especial no citotrofoblasto da placenta, local onde a tolerância imunológica contribui para a falta de rejeição do feto pela mãe. Além do contexto da gravidez, HLA-G também tem sido considerada como \"molécula de tolerância\", quando a expressão ectópica da molécula é observada em situações patológicas, podendo trazer conseqüências benéficas, ou ainda, deletérias. Comparado aos genes clássicos de classe I, o gene HLA-G apresenta limitado polimorfismo em sua região codificadora, mas acentuado polimorfismo na região controladora e 3\' não-traduzida (3\' untranslated region- 3\'UTR). Uma vez que essas regiões sejam controladoras da expressão de HLA-G e considerando que o pâncreas seja um dos poucos tecidos que expressa constitutivamente HLA-G, neste estudo foram avaliados os oito polimorfismos já descritos para 3\'UTR do HLA-G (14pb Del/Ins, +3003 T/C, +3010 C/G, +3027 C/A, +3035 C/T, +3142 C/G +3187 A/G e +3196 C/G), em 110 pacientes com DM-1 e 110 indivíduos saudáveis. O genótipo +3010 C-C (p=0.0461, OR= 0.5139, IC= 0.2781 - 0.9496) apresentou freqüência mais baixa em pacientes em relação aos controles. As demais freqüências genotípicas e alélicas desse e dos outros sete sítios polimórficos não apresentaram diferenças significantes em relação aos indivíduos saudáveis. Para inferir os haplótipos da 3\'UTR do HLA-G, foram estudados 108 pacientes e 108 controles, sendo detectado aumento na freqüência do haplótipo UTR-6 (p= 0.0034, OR= 0.3068, IC= 1.451 - 6.487) e diminuição do haplótipo UTR-3 (p= 0.0082, OR= 0.3547, IC= 0.1666 - 0.7553), e ainda, aumento da freqüência de haplótipos contendo o alelo +3010G nos pacientes. Os achados deste estudo indicam que o sítio polimórfico +3010 C/G está associado ao DM-1, seja pela diminuição das freqüências do genótipo +3010 C-C ou aumento de haplótipos contendo o alelo +3010 G. Uma vez que o papel desse sítio na magnitude de produção de HLA-G não seja conhecido, estudos posteriores necessitam ser realizados para identificar a possível influência desse sítio na susceptibilidade ao DM-1. |