Polimorfismos nos genes CCR5, CCL5 e HLA-G em indivíduos com periodontite com e sem diabetes mellitus tipo 2 de uma população do nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SOUZA, Camila Agra
Orientador(a): SILVEIRA, Renata Cimões Jovino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44703
Resumo: Considerando o desbalanço inflamatório e imune presente em indivíduos com Periodontite (P) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), bem como a relação bidirecional das duas doenças, fica evidente a importância de estudos de fatores genéticos relacionados ao surgimento e cronicidade dessas doenças, assim como o impacto causado pela coexistência delas no indivíduo. Neste sentido, o presente estudo investigou se polimorfismos nos genes CCR5, CCL5 e HLA-G influenciam na P em indivíduos com e sem DM2, de uma população do Nordeste brasileiro. Para este fim, 285 indivíduos, sendo 111 com DM2+P, 102 com apenas P e 72 controles saudáveis (CS). Foram estudados 4 polimorfismos: 2 SNPs em CCL5 (rs1800825 e rs2107538), uma deleção em CCR5 (CCR5Δ32) e um indel em HLA-G (14pb indel). As genotipagens foram realizadas por PCR convencional (CCR5 e HLA-G) e PCR em tempo real, utilizando sondas alelo específicas (CCL5). Os resultados demonstraram diferenças significativas entres os grupos quanto às variantes clínico-epidemiológicas (sexo, idade, renda, tabagismo, escolaridade, número de dentes, profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, índice de sangramento e índice de placa). Em relação às variantes genéticas, apenas o SNP rs1800825, em CCL5, foi associado com uma maior susceptibilidade de desenvolvimento de DM2 em indivíduos com P. Variantes em HLA-G (indel 14pb) foram relacionadas a uma maior susceptibilidade de desenvolvimento de DM2 e P associadas, com um maior grau e extensão da P e, ainda, à uma maior chance de ter menos que vinte dentes e um maior índice de placa visível. Portanto, o estudo concluiu que fatores ambientais e genéticos estão implicados no contexto da periodontite, com ou sem a presença do DM2. As análises apresentaram evidências inéditas para o contexto da DM2 e P em relação às variantes genéticas CCL5 e HLA-G, despertando a necessidade de um maior aprofundamento dos estudos de variantes genéticas nestes genes, na Periodontite e no Diabetes Mellitus tipo 2.