Estratégia para cálculo da dose de sulfato de magnésio no paciente obeso: ensaio encoberto e com distribuição aleatória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva Filho, Sebastião Ernesto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5176/tde-23092021-123102/
Resumo: Introdução e Objetivos: sulfato de magnésio mostrou ação analgésica e com grande vantagem na redução da dor pós-operatória e do consumo de analgésicos. Embora os pacientes obesos tenham recebido sulfato de magnésio e aproveitado seus efeitos benéficos, existe uma lacuna no conhecimento de sua farmacologia nessa população. Não há evidência para se apontar como superior o cálculo da dose desse fármaco usando o peso real, o peso ideal ou ideal corrigido desses pacientes. Este ensaio comparou a analgesia pós-operatória, e eventual interferência na ação do bloqueador neuromuscular entre duas estratégias de cálculo desta dose e as concentrações sanguíneas de magnésio geradas, usando o peso ideal corrigido e o peso real dos pacientes obesos. Métodos: uma amostra de 75 pacientes obesos programados para colecistectomia por via laparoscópica foi distribuída aleatoriamente em três grupos. No grupo controle os pacientes receberam apenas anestesia geral. No grupo peso real os pacientes receberam anestesia geral e sulfato de magnésio na dose de 40 mg.kg-1 de peso real. No grupo peso ideal corrigido os pacientes receberam anestesia geral e sulfato de magnésio na dose de 40 mg.kg-1 de peso ideal corrigido. Resultados: os pacientes dos grupos que receberam sulfato de magnésio apresentaram redução significativa no consumo de morfina (p 0,001) bem como na escala de dor no pós-operatório (p = 0,006) quando comparados com o grupo controle. Não houve diferença significativa entre os grupos que receberam sulfato de magnésio quanto ao consumo de morfina (p = 0,323) ou nos escores de dor (p = 0,082). Não houve diferença significativa entre os três grupos nos desfechos estudados relacionados com recuperação do bloqueio neuromuscular induzido pelo cisatracúrio (duração total do efeito p = 0,181). Não houve diferença estatística entre os grupos nas concentrações sanguíneas médias de magnésio entre os pacientes que receberam doses diferentes desse fármaco. Conclusão: sulfato de magnésio reduziu dor e consumo de analgésico sem alterar o efeito do cisatracúrio em obesos submetidos à colecistectomia. Não há diferença no efeito analgésico ou na concentração sérica de magnésio em obesos que recebem 40 mg.kg-1 pelo peso real ou ideal corrigido