Progresso técnico no setor agropecuário e transferência de renda no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Maria Eduarda de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-13072022-085122/
Resumo: O crescimento econômico de qualquer economia está associado ao crescimento de sua produtividade. No setor agropecuário essa medida passou a ser notória a partir de meados da década de 1990, associada a reformas macroeconômicas e setoriais ocorridas no país no período. A elevação do progresso técnico produz efeito ao longo de toda a cadeia agropecuária, implicando em efeitos sobre a sociedade e avaliar a distribuição desses ganhos tecnológicos para os agentes econômicos como produtores e consumidores é um assunto ainda pouco explorado na literatura. Nesse sentido, o objetivo desse estudo consistiu em estimar a transferência de renda gerada pela mudança tecnológica no setor agropecuário brasileiro e avaliar a quem se destina a renda oriunda da produção agropecuária. Utilizou-se um modelo inter-regional de Equilíbrio Geral Computável (EGC) dinâmico-recursivo, TERM-BR, com informações de evolução de área e de produção do setor agropecuário no período de 2005 a 2019. Os resultados obtidos apontaram que o progresso técnico no setor agropecuário no período de 2006 a 2019 resultou em benefícios econômicos como crescimento de 10,7% no consumo real das famílias e de 9,27% no PIB. Foi possível captar também efeitos sobre o consumo das famílias, no qual, as famílias mais pobres tiveram uma menor variação no valor da cesta real de consumo. As transferências totais de renda no período foram da ordem de R$70 bilhões e as transferências externas é o vetor que mais puxou esse resultado de transferência de renda do setor agropecuário à sociedade. A contribuição desse trabalho consistiu em captar as transferências geradas pelo progresso tecnológico no setor como forma de contribuir com a literatura ainda escassa sobre o tema.