Efeito do feijão caupi (Vigna unguiculata L. Walp) e da proteína isolada no metabolismo lipídico em hamsters hipercolesterolemizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Frota, Karoline de Macedo Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-22062007-144911/
Resumo: Introdução - A soja e outras leguminosas são consideradas como alimentos funcionais por apresentarem propriedades hipocolesterlemizantes. Esta propriedade, porém, ainda não foi relatada para o feijão caupi. Um possível componente deste grão responsável pelo feito redutor de colesterol é sua proteína. Objetivo - Produzir isolado protéico de feijão caupi e verificar a influência do grão integral e de sua proteína isolada no metabolismo lipídico de hamsters hipercolesterolemizados pela dieta. Métodos - O isolado protéico de feijão caupi foi produzido por precipitação isoelétrica, utilizando-se pH 8,5 para solubilização da proteína e 4,5 para a sua precipitação, obtendo-se um isolado com 92 % de proteína. O isolado protéico (IP) e o feijão caupi integral (FCI) foram utilizados como fonte protéica em dietas experimentais para hamsters que tiveram hipercolesterolemia induzida por dieta contendo 20 % de caseína, 13,5 % de gordura saturada e 0,1 % de colesterol, por 3 semanas. Os animais foram distribuídos em três grupos, recebendo cada grupo dieta com 20 % de caseína (controle), dieta com 20 % de proteína de isolado de feijão caupi e dieta com 20% de proteína de feijão caupi integral, por 4 semanas. Resultados - Comparando-se à dieta controle, a dieta com FCI e IP provocaram reduções significativas no colesterol total (49 % e 20 %, respectivamente) e colesterol não-HDL (54 % e 22 %, respectivamente). Análises histológicas do fígado foram realizadas e observou-se que IP e o FCI proporcionaram efeito hepatoprotetor comparado à caseína, pois o grupo que recebeu caseína apresentou em média esteatose difusa e intensa, enquanto grupo com feijão e isolado apresentaram esteatose focal e, em alguns casos, ausentes. Alguns possíveis mecanismos envolvidos para o efeito benéfico no metabolismo lipídico foram investigados. A digestibilidade verdadeira do IP foi igual à da caseína, enquanto a do feijão integral foi menor. A excreção de ácidos biliares e colesterol foi inversamente proporcional aos níveis plasmáticos do colesterol dos animais submetidos às diferentes dietas. Os animais com a dieta de feijão integral apresentaram a maior excreção de ácidos biliares e colesterol nas fezes; valores estatisticamente diferentes aos dos animais da dieta com caseína. Conclusões - O feijão caupi e sua proteína isolada reduzem o colesterol plasmático e proporcionam efeito hepatoprotetor. A digestibilidade, excreção de ácidos biliares e colesterol não estão relacionados com a redução do colesterol provocada pelo IP. O mecanismo envolvido na redução do colesterol nestes experimentos ainda não está totalmente elucidado, sugerindo que a proteína isolada do feijão caupi atue na síntese de colesterol, pois não foi observado aumento na sua excreção.