Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Frota, Karoline de Macêdo Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-14092011-105121/
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Resumo: |
Introdução: As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no mundo, sendo o aumento da concentração de colesterol sanguíneo um dos seus principais fatores de risco. O processo aterosclerótico envolve não apenas a deposição de colesterol nas artérias, mas a inflamação tem papel central em todas as fases do processo aterosclerótico. Estudo em animais mostrou, por sua vez, que a proteína de feijão caupi é um potente redutor na concentração de colesterol sangüíneo. Objetivo: Avaliar a influência da proteína de feijão caupi sobre o perfil lipídico, apolipoproteínas, glicose, insulina, HOMA-IR, marcadores de inflamação e de disfunção endotelial em pacientes hipercolesterolêmicos. Métodos: A proteína de feijão caupi foi isolada por precipitação isoelétrica da farinha de feijão caupi desengordurada. O isolado protéico de caupi (IPC) foi utilizado no desenvolvimento do shake à base de proteína de caupi, caseinato de cálcio foi utilizado para desenvolvimento do shake controle. Realizou-se um ensaio clínico do tipo crossover, aleatorizado, cego e controlado. Uma amostra de 44 indivíduos hipercolesterolêmicos foi dividida em 2 grupos (Grupo Controle e Grupo IPC), cada grupo recebeu shake caseína e shake IPC, respectivamente, por 6 semanas cada. Depois do washout de 4 semanas, os indivíduos receberam o shake oposto por mais 6 semanas. Foram quantificadas as variáveis bioquímicas: colesterol total, LDL-c, HDL-c, triglicerídeos, colesterol não-HDL, apo A1, apo B, razão LDL/HDL, razão TG/HDL, razão apo B/apo A1, glicose de jejum, insulina de jejum, HOMA-IR (modelo de avaliação da homeostase), proteína C reativa (PCR), molécula de adesão intercelular solúvel-1 (sICAM-1) e molécula de adesão vascular solúvel-1 (sVCAM- 1) antes e após cada período experimental. A diferença entre os shakes foi analisada com ANOVA para medidas repetidas ao nível de significância de 5 por cento . Resultados: A amostra final foi composta por 38 indivíduos com idade média de 57 anos. A redução em cadeia (delta após consumo de proteína de feijão caupi menos delta após consumo de caseína) no colesterol total foi de 21,0 mg.dL-1 (p < 0,001), CT( por cento ) foi de 8,4 por cento (p < 0,001), LDL( por cento ) foi de 14,4 por cento (p < 0,001), colesterol não-HDL foi de 24,3 mg.dL-1 (p < 0,001) e apo B foi de 15,5 mg.dL-1 (p < 0,001). A ingestão de proteína de caupi afetou significativamente o HDL-c e a mudança em cadeia observada foi um aumento de 3,2 mg.dL-1 (p =0,044). Os marcadores de metabolismo glicídico (glicose de jejum, insulina de jejum e HOMA-IR), bem como os marcadores de inflamação (PCR) e de disfunção endotelial (sVCAM-1 e sICAM- 1) não sofreram modificações significativas após consumo de proteína de feijão caupi (p > 0,05). Conclusão: O presente estudo mostra que a ingestão diária de 25 g de proteína de feijão caupi durante 6 semanas é capaz de reduz os níveis de colesterol sanguíneo, em especial a fração LDL-c; no entanto, não parece exercer influência sobre os marcadores de inflamação subclínica e de disfunção endotelial. Portanto, o aumento do consumo de feijão caupi pode representar uma alternativa eficaz, barata e viável na melhora dos níveis lipídicos em indivíduos hipercolesterolêmicos |