Avaliação do teste de contato atópico na alergia ao leite de vaca IgE mediada e nas doenças eosinofílicas ao trato digestório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Flavia Rabelo Frayha de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-04042012-094129/
Resumo: Objetivo: Avaliar o teste de contato atópico (TCA) em pacientes com alergia ao leite de vaca (APLV) IgE mediada - grupo 1 e naqueles com doenças eosinofílicas do trato digestório (DETD) - grupo 2, comparando os extratos de leite de vaca (LV) a 20% com o leite in natura, o tempo ideal de oclusão do teste e o valor preditivo positivo do TCA na identificação do leite como desencadeante no grupo 2, avaliada pela melhora clinica e endoscópica após dieta de restrição. Métodos: Estudo de corte transversal, com avaliação de 45 pacientes e 9 controles. O grupo 1 (n=15) com APLV IgE mediada foram diagnosticados pelo teste de provocação e prick teste positivo para LV e o grupo 2 (n=30) pela biópsia mostrando esofagite eosinofílica (15 eosinófilos/cga) ou enterocolite eosinofílica (>20 eosinófilos/cga), prick teste positivo para LV (n=15) e sintomas desencadeados pelo leite. O grupo 3 (n=9) incluiu pacientes com exclusão do diagnóstico de APLV. Utilizou-se câmaras de 12mm e LV in natura e LV a 20% como extratos ( IPI ASAC, Espanha). Os tempos de leitura foram de 24, 48 e 72 horas e considerou-se como TCA positivo, a presença de hiperemia com infiltração e formação de pápulas ou vesículas. Para avaliação do valor preditivo positivo do TCA, considerou-se pacientes com DETD com sintomas associados ao leite, sem melhora com tratamento adequado, IgE específica ao LV e melhora clínica e histológica com a instituição da dieta de restrição. Resultados: Considerando ambos os extratos, houve semelhança quanto à frequência de positividade do TCA nos três tempos de leitura em ambas situações clínicas. Com relação à concordância entre os tempos de leitura do TCA com ambos extratos, observou-se diferença estatisticamente significante entre o tempo de 24 hs com aqueles de 48 e 72hs (p=0,031 em ambas comparações), o mesmo não ocorrendo entre o tempo de 48 e 72hs tanto na APLV como nas DETD. Isoladamente, o LV a 20% mostrou comportamento semelhante em ambas as doenças, com diferença entre o tempo de 24 e aqueles de 48 (p=0,031 / 0,000) e 72hs (p=0,031/ 0,002) respectivamente na APLV e DETD. O extrato de leite in natura nos pacientes com APLV não mostrou diferença estatisticamente significante entre os tempos avaliados, enquanto nos pacientes com DETD observou-se diferença entre 24 hs e os tempos de 48hs (p=0,003) e 72hs (p=0,003). A restrição dietética do leite naqueles pacientes com DETD e TCA positivo foi associada à melhora clínica em 80% dos pacientes e associação com melhora histológica em 65% destes. Conclusões: O TCA utilizando tanto LV in natura como extrato LV a 20%, com leitura após 48 ou 72hs da sua aplicação mostrou-se útil na identificação de pacientes com DETD desencadeada pelo LV. A instituição de dieta restrita neste alimento contribuiu para a melhora dos sintomas e para a redução do número de eosinófilos na biópsia de controle