Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Chuproski, Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-01042009-111140/
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Resumo: |
As práticas alimentares maternas constituem um dos fatores primordiais para o adequado estado nutricional das crianças e para o seu pleno crescimento e desenvolvimento. Entretanto, elas são influenciadas pela questão socioeconômica, escolaridade materna, acesso a serviços de saúde e pelos valores e crenças do entorno cultural das famílias. Os objetivos deste estudo foram descrever as práticas alimentares de crianças menores de dois anos de idade com baixo peso e baixa estatura para a idade em seguimento em unidades de saúde e analisar relatos maternos acerca da alimentação e desnutrição infantil. Foi realizado um estudo exploratório descritivo com abordagem qualitativa, buscando uma aproximação com os sujeitos pesquisados e um olhar para as experiências maternas no cotidiano. O estudo foi desenvolvido na cidade de Guarapuava-PR e os participantes foram oito crianças, na faixa etária dos 6 aos 24 meses de idade, e suas mães. As técnicas de investigação foram a observação participante e a entrevista semi-estruturada e, a partir da análise temática, buscou-se apreender as estruturas de relevância das práticas alimentares observadas e dos relatos maternos, agrupando em quatro temas: As crianças e mães estudadas, A alimentação da criança no cotidiano dos domicílios, A alimentação na infância: âmbito familiar e social, A alimentação e o cuidado à saúde da criança. Foi possível apreender as características maternas e das crianças, do ambiente e da família; aspectos sobre a história da amamentação, introdução de alimentos complementares, a alimentação da criança, destacando quem prepara, o que prepara, como prepara, os horários, rotinas e local; a alimentação da família, mostrando como ela é diferenciada da alimentação da criança, a situação social das famílias, particularmente com relação à disponibilidade de alimentos nos domicílios, e os programas e equipamentos sociais aos quais as crianças estão vinculadas; além de aspectos ligados à interação entre mães e crianças nos momentos da alimentação, cuidados e percepção das mães com relação à saúde e ao estado nutricional das crianças. Observou-se que a alimentação das crianças era monótona, predominantemente láctea no café da manhã e lanches, e no almoço com alimentos considerados básicos, como arroz, feijão, macarrão, batata e algumas vezes carnes; as hortaliças e frutas eram escassas. Neste estudo, houve um entendimento de que o estado nutricional da criança está ligado a vários aspectos, relativos à amamentação, introdução de alimentos complementares em idade oportuna, alimentação adequada em quantidade e qualidade, higiene, situação social da família, programas sociais e políticas públicas abrangentes, cuidados cotidianos e com a saúde. As famílias trazem valores de sua cultura, que nem sempre estão em consonância com as recomendações dos organismos internacionais e nacionais sobre a saúde e alimentação das crianças. Conhecer o ambiente onde as famílias vivem, a situação de vida e os seus valores e crenças pode ajudar os profissionais de saúde na promoção de práticas alimentares saudáveis e no direcionamento do tratamento de distúrbios nutricionais. Essa aproximação a uma realidade contextualizada e compartilhada pode trazer elementos ricos para a integralidade da atenção à saúde da criança e sua família. |