Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Mello, Talitha Bordini de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-14012014-152912/
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Resumo: |
Mesmo com os avanços tecnológicos, a comunicação permanece sendo uma ferramenta primária e indispensável por meio da qual profissionais de saúde e usuários trocam informações. Elementos como empatia, compreensão, interesse, desejo de ajuda e bom humor são essenciais para promover um ambiente de conforto emocional, o qual pode proporcionar ao paciente e membros da equipe de saúde melhores condições para a comunicação de notícias difíceis. Este momento pode envolver não somente a revelação do diagnóstico, como também a progressão da doença, a necessidade de procedimentos invasivos ou o encaminhamento para cuidados paliativos. O objetivo do presente estudo foi descrever a experiência de mães de crianças e adolescentes com câncer diante da comunicação de más notícias. Trata-se de um estudo de natureza descritiva e exploratória, com análise qualitativa dos dados. Participaram mães de crianças e adolescentes com câncer em acompanhamento em um hospital-escola do interior do estado de São Paulo; como instrumento de coleta de dados, optamos pelo grupo focal. A análise do material empírico ocorreu segundo o processo de análise de conteúdo do tipo temática indutiva com organização ao redor de três temas: A comunicação da má notícia, descrito com base na revelação do diagnóstico de câncer, no modo de comunicar e na compreensão diante da notícia; A revelação da notícia para a criança e adolescente, que trata da comunicação com a criança e o adolescente, os envolvidos no processo de revelação do diagnóstico, abrangendo o autocuidado e a tomada de decisão; Comunicação dos cuidados paliativos, referente à comunicação da mudança do cuidado curativo para os cuidados paliativos. Observamos que um dos aspectos em comum nos diferentes grupos focais foi o impacto da revelação do diagnóstico de câncer, associado a sentimentos de dor, sofrimento e medo da morte, no entanto, entrelaçados pela esperança da cura. Para algumas mães, o filho não deveria ter conhecimento da doença e do tratamento, nem participação ativa nesse processo, pois assim não sofreria. Por outro lado, observamos mães que destacaram o momento da comunicação, mesmo que de uma má notícia, como importante, pois contribuiria para que o filho tivesse uma melhor adesão aos cuidados e tratamento, acreditando que tal tarefa é conduzida de forma mais apropriada pelos pais com apoio da equipe de saúde. Outro ponto relevante nos resultados foi o impacto da comunicação da transferência dos cuidados curativos para paliativos, pois, diferentemente do momento da revelação do diagnóstico, a esperança do tratamento com a finalidade de cura não esteve presente. Os resultados do estudo podem contribuir para a compreensão da experiência dessas mães com vistas à produção de cuidados de saúde que atendam às reais necessidades de crianças e adolescentes com câncer e de seus pais diante da comunicação de más notícias |