A questão da educação na obra de Jean-Jacques Rousseau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Almeida Júnior, José Benedito de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-18032009-104921/
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar alguns aspectos relativos à questão da educação na obra de Rousseau. No primeiro capítulo, analisaremos a educaçào da natureza tal qual foi elaborada no Emílio. Nesta obra, Rousseau reflete sobre odesenvolvimento da criança e propõe objetos e formas de abordagem adequadas às diferentes idades. Desde exercícios físicos até a inserçào de Emílio no mundo da moral e da política, momento fundamental, pois coroa todo o processo formando o homemda natureza. No segundo capítulo analisamos a educação pública exposta por Rousseau nas Considerações sobre o governo da Polônia e no Economia Política. Esta forma de educação está fundada nos mesmos princípios pedagógicos do Emílio, isto é,para cada idade um objeto e uma forma de abordagem que lhe é propícia. Contudo, a educação pública se diferencia da educaçào da natureza no que se refere ao seu caráter coletivo, mas fundamentalmente porque é própria aos povos livres, ao passoque aquela do Emílio não passa de um recurso para salvar uma alma em meio à corrupção. No terceiro cápítulo, propomos uma interpretação da obra do legislador como sendo uma obra educacional, porque transforma os homens ao levar o amor de si a setransformar em amor à pátria, impedindo-o de se tornar amor-próprio. Este processo de transformação é o próprio espírito de sua obra tal como, segundo Rousseau, realizaram Moisés, Licurgo e Numa, pois suas leis tinham por objetivo afeiçoar oscidadãos entre si e à pátria. Este é o único meio de tornar um povo de fato livre, pois dá às almas uma forma nacional fazendo de um grupo de homens uma nação.