Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Alessandra Adriano de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-02022016-153203/
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Resumo: |
O aprimoramento dos processos que envolvem a comunicação do profissional de saúde com o paciente é fundamental para a humanização destes procedimentos e para a melhor qualificação dos resultados. A efetiva comunicação profissional-paciente incorpora uma complexa gama de habilidades que não são aprendidas informal ou intuitivamente. Deste modo, o ensino de tais habilidades necessita ser incorporado na formação dos Fonoaudiólogos. O guia de Calgary-Cambridge fornece estrutura, baseada em evidência, para análise e ensino de habilidades de comunicação na entrevista com o paciente. O objetivo deste trabalho foi realizar e avaliar um workshop para que os estudantes de graduação em Fonoaudiologia integrassem as habilidades comunicativas centradas no paciente com os procedimentos técnicos do processo de seleção e adaptação do aparelho de amplificação sonora individual (AASI). Participaram deste estudo 27 discentes (sexo feminino) do 4o ano do Curso de graduação em Fonoaudiologia da FOB/USP, com idades entre 20 e 27 anos, que não haviam recebido treinamento formal sobre habilidades de comunicação profissional-paciente. Foi realizado um workshop baseado na ferramenta Time and Talk (Ida Institute) adaptada do guia Calgary-Cambridge. Dentre as atividades, três consultas simuladas com atores profissionais interpretando pacientes reais foram utilizadas para exercício das habilidades de comunicação profissional-paciente e aconselhamento. Os participantes responderam ao Questionário dos Níveis do Supervisionado-Revisado (Supervisee Levels Questionnaire Revised SLQ-R) antes e após o workshop. Também responderam à Escala do Desenho da Simulação (Simulation Design Scale - SDS), escala visual analógica e a quatro perguntas abertas a respeito do impacto do workshop. Métodos quantitativos e qualitativos foram empregados para análise. Em média, os resultados do SLQ-R foram similares aos descritos na literatura para principiantes em atividades de aconselhamento. Houve uma diminuição significativa (teste t pareado) da pontuação na subescala Consciência sobre si e Motivação do SLQ-R pós-workshop que, aliado aos resultados qualitativos, sugeriram que o workshop levou a um novo entendimento do processo de comunicação/aconselhamento ao paciente e à maior conscientização dos participantes sobre seus atributos e limitações. Pontuações médias próximas do máximo foram obtidas na SDS, indicando a presença e importância das características da simulação, em particular a Fidelidade/Realismo e a possibilidade de ter o Feedback e realizar a Reflexão sobre a consulta, sendo isto também corroborado com os dados qualitativos. Na escala visual analógica a mediana igual a 8 indicou que os participantes acreditaram em sua habilidade de realizar o aconselhamento ao paciente após o workshop. A análise qualitativa indicou que os participantes julgaram como elementos mais desafiadores da consulta simulada lidar com as emoções do paciente (25%) e o processo de empatia (21%). Dentre as mudanças que pretendiam realizar em seu comportamento clínico após o workshop, a escuta ativa (45%) e empatia (33%) foram os mais citados. Foi sugerido ampliar o oferecimento do workshop e consultas simuladas (90%) para todos os anos do Curso de Fonoaudiologia. O workshop permitiu sensibilizar o discente quanto à importância do uso de habilidades de comunicação paciente efetivas e levou a uma reflexão e crítica sobre suas próprias habilidades. |