Seleção e adaptação de aparelhos de amplifivação sonora individuais via teleconsulta: análise da interação profissional/paciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Poles-Reginato, Tatiana Turtelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05062013-145809/
Resumo: Este estudo teve como objetivos avaliar a comunicação profissional/paciente durante o processo de programação e verificação do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e aconselhamento informativo ao paciente, verificar a satisfação dos pacientes com o uso da teleconsulta no processo de seleção e adaptação do aparelho de amplificação sonora individual e avaliar se e como a teleconsulta afeta a comunicação profissional/paciente, quando comparada à consulta face a face. Foram avaliados 40 indivíduos (15 mulheres e 25 homens) com idade entre 23 e 89 anos (média de 69,55 anos), que apresentavam deficiência auditiva sensorioneural de graus variados e eram candidatos ao uso do AASI. Os participantes foram divididos (randomização) em grupos experimental (n=20) e controle (n=20). A programação e verificação do AASI e aconselhamento informativo foram realizados face a face (grupo controle) e via teleconsulta síncrona com controle remoto de aplicativos (grupo experimental). Um facilitador (fonoaudiólogo com pouca experiência na área) auxiliou na realização dos procedimentos durante a teleconsulta. Todas as consultas foram filmadas. Ao final de cada sessão os participantes responderam ao Questionário de Experiência do Paciente (PEQ), para avaliar a satisfação com a consulta. As filmagens foram analisadas e codificadas de acordo com uma adaptação do Davis Observation Code (DOC). Não houve diferença significativa entre os grupos experimental e controle em relação à idade, gênero e limiares auditivos da melhor orelha (teste t de Student). No processo de programação e verificação do aparelho de amplificação sonora individual houve predominância de comportamentos técnicos, de fornecimento de informação e do profissional na comunicação profissional/paciente, que podem ter refletido a natureza geralmente procedimental desta consulta, bem como a influência do modelo biomédico. A duração da teleconsulta foi significativamente maior que a da consulta presencial (teste t de Student), sendo isto um reflexo do tempo despendido nos procedimentos de programação e verificação do AASI e necessidade de instrução ao facilitador. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas (teste t de Student) entre a teleconsulta e a consulta face a face de acordo com os resultados do DOC: comportamentos técnicos (explicação da estrutura da consulta e realização de procedimentos) foram mais frequentes na teleconsulta. Discussões sobre a observância quanto ao correto uso do aparelho de amplificação sonora individual assim como expressões espontâneas do paciente sobre a sua condição foram menos frequentes para a teleconsulta. A despeito destas diferenças, foram obtidas altas pontuações no Questionário PEQ, indicando que não houve diferença da satisfação dos pacientes atendidos presencialmente ou via teleconsulta nas dimensões Resultados da Consulta, Barreiras de Comunicação, Experiência de Comunicação. Pontuações significativamente maiores (teste de Mann Whitney) foram obtidas para a teleconsulta na dimensão Emoções após a Consulta. A experiência dos participantes do grupo experimental com a presença do facilitador foi positiva.