Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lima, Ivanildo Inacio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-06122011-104734/
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Resumo: |
A deficiência auditiva pode ter impacto negativo na qualidade de vida do indivíduo interferindo nas esferas das atividades e participação. O Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) é uma alternativa viável de tratamento para grande parte desta população. Entretanto, a simples aquisição de AASI não garante a resolução da deficiência. Estudos vêm apontando benefícios do aconselhamento de ajuste pessoal ao usuário de AASI desde a etapa de diagnóstico audiológico, favorecendo o processo de adaptação. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi analisar o modelo transteórico de aconselhamento (MTT) que tem permitido uma abordagem mais ampla do indivíduo de maneira a englobar o sistema de crenças e aspectos motivacionais em candidatos a uso de AASI. Participaram deste estudo 20 candidatos (10 homens e 10 mulheres), com idades entre 25 e 64 anos (média = 52,95 anos) e deficiência auditiva neurossensorial bilateral de grau variando entre leve e severa. As estratégias utilizadas para o aconselhamento foram: a Escala de Prontidão (EP) e a Balança Decisória (BD), ambas propostas pelo Ida Institute, e as Proposições de Babeu et al. (2004). O aconselhamento foi realizado em três sessões: após o diagnóstico audiológico; no retorno para o teste com AASI, mas antes do mesmo; e após, ao menos, uma semana de utilização do AASI. Em cada sessão eram aplicadas as três ferramentas. As atitudes dos participantes foram avaliadas nos três momentos por meio do Questionário de Atitudes frente à Deficiência Auditiva (ALHQ). Como resultado, os participantes de modo geral mostraram por meio da EP, nos três momentos, que consideravam ser muito importante a melhora da audição e percebiam-se preparados para o uso do AASI. A BD indicou os elementos a serem trabalhados e que levaram os participantes a atribuírem valores na EP e a escolha nas Proposições de Babeu et al. (2004) por meio de reflexões quanto às vantagens e desvantagens com relação à audição prejudicada e ao uso de AASI. Tanto a BD quanto as Proposições de Babeu et al. (2004) possibilitaram a discriminação do estágio de mudança a que cada participante se encontrava. A maioria dos participantes indicou o estágio de ação para a sua condição motivacional nos três momentos. Comparando as atitudes dos participantes nesses três momentos, foram evidenciadas diferenças estatisticamente significantes somente com a influência da experiência com AASI (subescalas de Negação da perda auditiva e Estratégias negativas de enfrentamento). Embora não tenham sido evidenciadas diferenças estatisticamente significantes sem esta influência, a diminuição na amplitude do desvio padrão nas subescalas de Estima Relacionada à Audição e Associações Negativas sugere uma tendência maior à disposição para mudanças a qual pode ser atribuída ao aconselhamento uma vez que nesta etapa o participante ainda não utilizava AASI. Conclui-se que, o MTT aplicado às etapas iniciais do processo de adaptação do AASI constitui em uma proposta objetiva e factível para que este processo englobe aspectos importantes tais como o sistema de crenças, ideias, sentimentos e a condição motivacional do candidato, permitindo identificar as diferenças individuais bem como organizar as próximas etapas do processo de adaptação. |