Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Tassi, Aline Daniele |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-17032014-102320/
|
Resumo: |
Brevipalpus é um gênero de ácaros pertencentes à família Tenuipalpidae (Acari: Prostigmata), que são comumente encontrados nas regiões tropical e subtropical em todo o mundo. O gênero inclui mais de 280 espécies, e apresenta importância econômica porque causam danos a diversas culturas como pragas e, também por que algumas espécies transmitem vírus de plantas. B. californicus Banks, B. obovatus Donnadieu e B. phoenicis (Geijskes) são as espécies atualmente conhecidas como vetoras de vírus. As espécies de Brevipalpus são morfologicamente similares e, algumas delas, têm sido erroneamente identificadas. Dentre as viroses transmitidas por esses ácaros encontra-se a leprose dos citros que é considerada uma das doenças mais destrutivas da indústria citrícola. A leprose é considerada uma das importantes viroses de citros. No estado de São Paulo, maior produtor mundial de suco de laranja, gastam-se cerca de US$ 80 milhões/ano com acaricidas, para o controle do ácaro vetor Brevipalpus phoenicis. Este trabalho teve como objetivo geral gerar subsídios para rápida e acurada identificação de espécies de Brevipalpus, contribuir para a sistemática do grupo e relacioná-la à transmissão de vírus, principalmente o da leprose dos citros tipo citoplasmático (CiLV-C). Espera-se contribuir para melhor entendimento da epidemiologia do vírus e manejo. Os objetivos específicos foram: 1) Estudar e descrever a variação fenotípica entre as diferentes espécies e grupos morfológicos de ácaros Brevipalpus procedentes de diferentes plantas hospedeiras e regiões geográficas. Para tal foi empregada microscopia de luz e eletrônica de varredura, analisando-se características morfológicas externas e internas de diferentes populações. Foi dada atenção a diferentes detalhes morfológicos para se encontrar características, além das setas laterodorsais e solenídios no tarso da perna II, atualmente utilizadas, que possam auxiliar na discriminação das espécies; 2) Contribuir para a catalogação de novas hospedeiras de ácaros Brevipalpus e sua distribuição geográfica; 3) Avaliar a competência de diferentes grupos morfológicos e populações de Brevipalpus amostradas, na transmissão de alguns vírus, em especial CiLV-C. O exame de mais de 8.000 espécimes de Brevipalpus oriundas de 111 espécies de plantas, coletadas em várias regiões do Brasil e outros países, resultaram na detecção de seis espécies diferentes: B. phoenicis, divididos em sete grupos morfológicos; B. californicus divididos em dois grupos morfológicos; B. obovatus; B. chilensis; B. araucanus; B. longisetosus; Brevipalpus ainda sem identificação definida a nível de espécie, encontrados em Delonix regia. No Brasil foram encontrados ácaros em 111 espécies, distribuídas em 45 famílias botânicas, tendo sido identificadas quatro espécies nas plantas amostradas: B. californicus, B. obovatus e B. phoenicis e Brevipalpus sp. Nos testes de transmissão, realizados para CiLV-C, vírus da pinta verde do maracujá (Passion fruit green spot virus PFGSV) e vírus da mancha anular de Solanum violaefolium (Solanum violaefolium ringspot virus- SvRSV) constatou-se que apenas ácaros coletados na planta hospedeira do vírus foram capazes de transmiti-los em condições experimentais. |