Resposta de defesa de plantas cítricas a colonização de Brevipalpus yothersi (Acari: Tenuipalpidae) e infecção por citrus leprosis virus c (CiLV-C)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Kapp, Ana Beatriz Piai
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215221
Resumo: A citricultura é um dos setores mais importantes do agronegócio brasileiro. Contudo, é afetada por diversos problemas fitossanitários que aumentam seus custos de produção. Entre eles está a leprose dos citros, causada pelo citrus leprosis virus C (CiLV-C), e transmitida por Brevipalpus yothersi Baker (Acari: Tenuipalpidae). O manejo da leprose é realizado principalmente por meio do controle do ácaro vetor, sendo de extrema importância a compreensão acerca de seu patossistema. Diante isto, os objetivos deste trabalho foram elucidar respostas de colonização de B. yothersi em citros sob infestação primária com ácaros virulíferos e avirulíferos, verificar o comportamento desses indivíduos mediante a presença de lesões naturais (leprose) e artificiais (mistura de gesso) nas plantas, e associá-lo aos mecanismos de defesa vegetal durante a interação entre planta, ácaro e vírus. Para tanto, foi estabelecido um experimento em casa de vegetação sobre mudas cítricas, composto por três tratamentos que contavam com plantas sem a primeira infestação de ácaros (controle), plantas com a primeira infestação de ácaros avirulíferos e plantas com a primeira infestação de ácaros virulíferos, cada um com quinze repetições. Após trinta dias, foram coletadas amostras para avaliação dos genes marcadores das vias de ácido salicílico (PR1) e ácido jasmônico (PR4). Dez dias após a coleta, foi adicionada uma mistura de gesso para mimetização de lesões no controle e no tratamento com ácaros avirulíferos, e transferidos ácaros avirulíferos para todos os tratamentos. Uma nova coleta foi realizada após trinta e cinco dias, e seguiu-se a contagem de todas as fases do ácaro. Como resultados, foram obtidos que a primeira infestação com ácaros e tanto a presença de lesões de leprose, quanto a mistura de gesso favoreceram o crescimento populacional de B. yothersi após a segunda infestação, independentemente da presença de CiLV-C. Além disso, foi demonstrado que B. yothersi induz a via de ácido jasmônico nas plantas ao se alimentar, enquanto o CiLV-C a reprime, e induz a via de ácido salicílico como forma de beneficiar o ácaro vetor. Deste modo, esclarecemos valiosos aspectos acerca da interação entre C. sinensis, B. yothersi e CiLV-C, que constituem o patossistema da leprose dos citros.