Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Demostenes Barbosa da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106131/tde-23092016-200104/
|
Resumo: |
Existe uma relação fundamental entre políticas públicas e produtividade (Georgescu-Roetgens, 1976). \"Produtividade ambiental de uma fonte de energia\" é definida pela relação existente entre a energia fornecida por determinada fonte e a extensão da atmosfera e da biosfera utilizadas na respectiva produção. É um indicador prático, formulado a partir de parâmetros comumente usados em decisões de novas fontes de geração de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) no Brasil. Esse indicador pode auxiliar os formuladores de políticas públicas a estabelecerem requisitos mínimos e incentivos para fontes de energia que produzam menores impactos ambientais. Cálculos realizados mostram um aumento significativo da \"produtividade ambiental\" da hidreletricidade e da cana-de-açúcar, e relativa estabilidade no caso do petróleo. Sua aplicação a várias fontes de energia do SIN indica um aumento vertiginoso da produtividade ambiental a partir da introdução da fonte eólica na matriz energética brasileira, e espera-se um outro aumento maior ainda, com a introdução da fonte solar. A \"produtividade ambiental das fontes de energia\" em uma perspectiva global pode ajudar o planeta em uma virtuosa transição da matriz energética global, de sua composição atual, com preponderância de fontes energéticas convencionais fósseis, para sistemas de energia renováveis, se os formuladores de políticas puderem alinhar políticas energéticas a requisitos mínimos de \"produtividade ambiental\". Prioridades e transições adequadas devem ser incentivadas, de modo a permitir que os países possam substituir energias geradas, a partir de combustíveis fósseis, por fontes de energia renováveis (Wang, 2011). É importante que se auxilie decisores e usuários de energia, a entenderem o senso geral de pegadas ecológicas e limites do planeta na regeneração de ecossistemas. A fim de reduzir a pressão sobre a atmosfera e a biosfera é também essencial que os preços públicos de energia reflitam os reais custos incorridos. A razão pela qual a produtividade ambiental das fontes de energia pode ser utilizada de forma a reduzir pressões sobre a atmosfera e sobre a biosfera é a comparabilidade entre fontes, que se pode estabelecer a partir da metodologia de seu cálculo, aplicada a um conjunto de fontes, ou de alternativas de fontes. Os processos decisórios de implantação, ou mesmo de descomissionamento, de fontes de energia em geral se fundamentam em ordenamentos sequenciais de fontes de energia no tempo, ou em alternativas de fontes capazes de atenderem a necessidades de oferta de energia, em função de seus custos, da necessidade do sistema de potência ao qual se conectam, e de avaliações sobre a qualidade e a magnitude de seus impactos ambientais. Entretanto, as avaliações de impactos ambientais consistem em estudos cujos termos de referência e resultados explicam impactos locais, e embasam decisões de licenciamento ambiental individualizadas, não diretamente comparáveis entre si ou com requisitos gerais comuns. Finalmente, considera-se que não há impactos negativos associados às políticas que incentivam a utilização de energias renováveis para os usuários de energia, e isso torna legítima a criação de um ambiente estimulante para agentes do mercado de energia em uma busca continua por maior produtividade ambiental na utilização de fontes de energia. |