Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Alexandre Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-09102006-130847/
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Resumo: |
Neste trabalho analisou-se o problema da manutenção, no longo prazo, dos produtores de leite na atividade. Foram analisados estabelecimentos nos estados de Rondônia, Tocantins e Rio de Janeiro. O que se pode notar é um significativo grupo que se mantém por longos anos produzindo pouco, sendo que possui capacidade para aumentar a produção. As restrições que impedem este grupo de se especializar, estão ligadas à uma série de imperfeições inerentes ao mercado e, que acabam tornando dos produtores, principalmente os pequenos, vítimas deste sistema. O objetivo principal do trabalho foi verificar a existência de economias de escala entre os produtores de leite dos estados de Rondônia, Tocantins e Rio de Janeiro. Para isso foram estimadas cinco funções custo com diferentes níveis de restrições. A função que apresentou melhor aderência aos dados foi a de custo translog. Os fatores de produção considerados foram capital, terra, trabalho e os dispêndios diretos. A análise econômica mostra a dificuldade de sobrevivência dos estabelecimentos no longo prazo. Isto ocorre porque a relação capital imobilizado/produção é muito alta. Este capital também se mostra concentrado em investimentos que indicam baixo nível tecnológico, como por exemplo, no fator terra e em animais com baixa aptidão para a atividade leiteira. O investimento em máquinas e equipamentos foi baixo nos três estados analisados, não sendo superior a 5% do total de capital imobilizado. Em relação à composição do rebanho nos estados, nota-se, sobretudo entre os pequenos produtores, a presença de muitos animais nas categorias de novilha, bezerro e machos em recria e engorda. A mão-deobra utilizada na maioria dos estabelecimentos era de origem familiar. Apenas no estado do Rio de Janeiro percebe-se maior quantidade de mão-de-obra contratada. Quanto à taxa de retorno da atividade, nenhum dos três estados apresentou taxas maiores que 6%, mesmo quando o custo da terra era excluído do cálculo. Ressalta-se que o estado do Rio de Janeiro foi o que apresentou maiores taxas de retorno. Nota-se uma relação direta entre os níveis de produtividade e as taxas de retorno. Os resultados da regressão revelam que a grande maioria dos produtores da amostra está na faixa de economias de escala, sendo que apenas 3,4% destes estão na faixa de deseconomias de escala. O ponto de custo médio mínimo foi obtido na faixa de 178 mil litros por ano, ou seja, média diária de 487 litros por dia. Outro grupo composto por 10% da amostra está mais próximo do ponto de custo médio mínimo e apresenta produção diária entre 183 e 487 litros por dia. E finalmente, o último grupo que aparece em situação menos favorável, apresentando uma produção inferior a 180 litros/dia. Destaca-se que estes podem reduzir de forma significativa os custos se aumentarem a produção, já que se encontram na faixa mais acentuada da curva de custo médio de longo prazo e podem crescer bastante na atividade usufruindo das economias de escala. |