Economia de escala e substituição de fatores na produção de soja no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Conte, Luciane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-21112006-141552/
Resumo: Este estudo tem a finalidade de estimar uma função de custo transcendental logarítmica para a atividade de produção de soja, e através dela determinar o tamanho ótimo da atividade de produção de soja, a fim de inferir sobre a existência, ou não, de economias de escala no setor. Adicionalmente, objetiva-se a caracterização sócio-econômica dos produtores de soja pesquisados e a análise das possibilidades de substituição dos recursos no processo produtivo da atividade. O referencial teórico do estudo é a teoria da dualidade da função custo e da função de produção. Os dados utilizados para a análise são de corte transversal, obtidos a partir de uma pesquisa de campo, realizada de agosto a dezembro de 2005, em uma amostra de 218 (duzentos e dezoito) produtores de soja nos cinco principais estados produtores do país: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. A amostra representa as realidades regionais, com o predomínio de produtores com pequenas propriedades nos estados da região Sul do país e produtores com propriedades maiores no Centro-Oeste brasileiro. As elasticidades-preço cruzadas mostraram que há complementaridade entre os fatores mão-de-obra e capital. As elasticidades de substituição parcial de Allen indicaram substituição entre a maior parte dos fatores de produção. Houve uma forte relação de complementaridade entre os fatores capital e mão-de-obra e de substituição entre os fatores químicos e mão-de-obra. Na classificação de Morishima, capital e mão-de-obra são complementares quando o preço de capital varia, e substitutos quando varia o preço do fator mão-de-obra. As estimativas de economias de escala obtidas apontam uma escala ótima de produção de aproximadamente 11.880 toneladas de soja em grão, que pode ser obtida em propriedades com aproximadamente 4.000 hectares de área de produção de soja. Os resultados empíricos obtidos neste trabalho sugerem que as economias de escala estejam determinando uma nova configuração para o setor de produção de soja no Brasil. No entanto, algumas características da pequena produção podem minimizar a importância dessas economias e estão sendo determinantes para a manutenção da produção em pequena escala na região Sul do país, no curto prazo.