Perda e luto na equipe de enfermagem do centro cirúrgico de urgência e emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Bosco, Adriana Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-03092008-105509/
Resumo: A morte é um tema que sempre despertou a curiosidade do homem. O advento da tecnologia, acompanhado da modernização das técnicas médicas, possibilitam a cura de inúmeras doenças. A vida moderna assumiu uma característica importante: o medo que o homem passou a ter da morte. A morte saiu das casas e do convívio familiar e instalou-se nos hospitais, passando a ser vivenciada por pessoas que ali desenvolvem seu trabalho. São os profissionais de saúde que, atualmente, sofrem o impacto da perda e têm de lidar com todos os sentimentos oriundos da morte. O objetivo desta pesquisa é conhecer o significado da morte dos pacientes, para os profissionais de enfermagem do Centro Cirúrgico de Urgência e Emergência do HCFMRP. A pesquisa foi desenvolvida por meio do método clínico-qualitativo. Os participantes da pesquisa foram os auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros do centro cirúrgico em questão. Os dados foram coletados mediante a realização de entrevista semidirigida e organizados em quatro temas: morte infantil, racionalização da morte, envolvimento emocional e apoio aos profissionais de saúde. A equipe de enfermagem demonstrou uma capacidade emocional prejudicada para elaborar as perdas vivenciadas em seu cotidiano de trabalho, principalmente quando a morte envolve crianças e jovens. Tem-se enraizado o conceito de que somente na cura existe a gratificação de seu trabalho, enxergando na morte, frustração e fracasso profissional, o que lhes acarreta uma carga emocional negativa e sofrimento psíquico, colocando-os sob o risco de desenvolverem a síndrome de Bournout e inviabilizando o estabelecimento de vínculos afetivos na relação profissional e também pessoal. Evidenciamse a necessidade da inclusão de disciplinas voltadas para o tema da morte, nos currículos de formação desses profissionais, e o apoio das instituições para promoverem situações que auxiliem o profissional na elaboração do processo de luto, como os chamados Grupos Balint e Grupos de Reflexão.