Resumo: |
Têm sido muitas as formas como o homem ocidental encara a morte desde a idade média: evento natural da vida, destino certo do homem, castigo de Deus, glamour exclusivo dos jovens amantes, fracasso da medicina, descarte de mercadoria. Assim como na história do homem, a história do cinema também retratou as diferentes formas do homem encarar a morte. O objetivo do presente estudo foi identificar, no discurso fílmico, o que dizem os filmes sobre a morte, formas contemporâneas de encarar a morte. O método de pesquisa consistiu na análise dos filmes Mar Adentro (Alejandro Amenabar), O Quarto do Filho (Nanni Moretti) e O Sétimo Selo (Ingmar Bergman), sob dois aspectos: a análise dos elementos fílmicos fotografia, iluminação, câmera, figurino, cenário, maquiagem, roteiro, montagem, personagens; a análise do filme como narrativa, identificando a fábula, os temas e o discurso. As análises fílmicas revelaram um discurso intimista da morte. A morte foi retratada como experiência íntima e singular. De acordo com a literatura tanatológica, a morte como experiência subjetiva é uma das formas atuais de encarar a morte nas sociedades ocidentais. O fenômeno da intimização da morte também se apresenta no discurso fílmico de algumas obras cinematográficas, confirmando uma mentalidade histórico-cultural do homem |
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