Morte e mortificação social: uma análise das transformações sociais do luto em uma comunidade popular católica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Magnólia Ramos de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1237
Resumo: Quando se analisa a morte e suas variantes, se pensa o quanto o ator social pode transformar sua compreensão e vivência sobre sua realidade, experiência e pessoas ao redor a partir dela, como também, os processos vinculados a morte, como o luto. Nesse contexto o luto se apresenta como um espaço de reintegração social a partir da situação de ressignificação da perda. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo compreender quais as transformações sociais do luto consequente ao desenvolvimento urbano na cidade de Campina Grande – PB a partir da investigação na comunidade Rosa Mística. Para isso, utilizou-se de metodologia qualitativa, a partir da história oral e a aplicação de entrevistas semi-estruturadas, além de passeios pelo campo. Inicialmente foram suscitadas as seguintes hipóteses: a influência do aumento da urbanização traz como consequência o processo de diminuição dos ritos religiosos entre os fiéis católicos da comunidade popular Rosa Mística da cidade de Campina Grande - PB, e esse processo ocasiona a quebra dos vínculos entre os sujeitos e grupos em que se encontram inseridos. Como resultados se percebeu que a transformação sobre a morte e os processos de luto apareceram no contexto do espaço investigado, e que, há uma vinculação da lógica urbana nessa mudança, esse aspecto causou uma cisão dentro da realidade do grupo compreender e vivenciar os processos de morte e luto de maneira mais ampla – havendo também naquele espaço um luto individual e comunitário. A morte se expande para um contexto de mortificação quando pensado nas carências do espaço urbano que os sujeitos estão inseridos, e o luto ultrapassa a perspectiva de subjetivação, e adentra ao espaço de superação dos desafios sociais, ele se transforma também em luta. Há desejo de se reintegrar socialmente, no entanto ela também é pela via da autonomia e reivindicação de políticas públicas, ou seja, vai além da transformação interna, ela se expande buscando adequação social e quebra do estigma.