Comparação entre radiografia periapical e tomografia computadorizada de feixe cônico na avaliação do número de canais radiculares em incisivos inferiores pré e pós-tratamento endodôntico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alcebíades, Grasielle de Camargo Gonçalves e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-06112024-121108/
Resumo: A análise da estrutura dos sistemas de canais radiculares (SCR) é fundamental para um diagnóstico preciso, para a escolha adequada de terapias e a projeção do prognóstico no tratamento endodôntico. Este estudo comparou a eficácia de dois métodos de imagem: radiografia periapical e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) na determinação do SCR de incisivos inferiores, utilizando a microtomografia computadorizada (microTC) como padrão de referência. Também busca avaliar o impacto da TCFC na análise pré-tratamento endodôntico, especialmente em relação à complexidade dos canais, e na identificação de insucessos pós-tratamento devido à presença de um canal perdido. A amostra incluiu 42 dentes incisivos inferiores, cada um sendo escaneado por microTC, radiografia periapical e TCFC. As imagens periapicais e de TCFC foram analisadas de forma independente por cinco examinadores especializados em Endodontia. Os examinadores indicaram a presença de um ou dois canal(is) para cada dente, além de avaliar o nível de confiança (1 a 4) na identificação dos canais e se recomendariam a TCFC para a avaliação pré-tratamento endodôntico. Em um segundo momento, foram selecionados e obturados 10 dentes com dois canais (5 dentes com apenas um canal obturado e 5 dentes com os dois canais obturados) para uma avaliação pós-tratamento endodôntico. Radiografias e TCFC foram realizadas novamente, e os examinadores analisaram as imagens, identificando canais não-obturados. Os dados foram analisados estatisticamente, comparando os métodos de imagem com um nível de significância de 5%, utilizando testes McNemar e qui-quadrado. Na avaliação pré-tratamento endodôntico a radiografia periapical identificou 85,5% dos incisivos com um canal corretamente, mas 14,5% foram incorretamente considerados com dois canais. Dos incisivos com dois canais, 60% foram corretamente identificados, enquanto 40% foram interpretados com apenas um canal e todos apresentaram uma diferença estatisticamente significativa (p<0,001). A TCFC identificou corretamente 85,5 e 85,9% dos dentes com 1 e 2 canais, respectivamente, não diferindo do padrão de referência (p=0,715). Para a avaliação pós-tratamento endodôntico por meio de radiografias periapicais, a identificação correta dos dois canais obturados ocorreu em 52% dos casos, enquanto em 48% dos casos foi identificado apenas um canal. A TCFC identificou corretamente em 54% dos casos, sem diferença estatisticamente significativa (p=0,819 e p=0,808, respectivamente). Entre os casos em que a TCFC identificou apenas um canal, 32% não visualizaram o canal perdido e 60% consideraram os dois canais como um único canal. Sendo assim, este estudo demonstrou que a TCFC é superior à radiografia periapical na detecção de canais radiculares em incisivos inferiores no pré-tratamento endodôntico. No entanto, a precisão diagnóstica nas radiografias periapicais e imagens de TCFC pós-tratamento foram afetadas pela presença de material obturador.