Análise da dimensão fractal em mandíbula: correlação entre tomografia computadorizada de feixe cônico, radiografia periapical digital e microtomografia computadorizada
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00202 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14532 |
Resumo: | A Dimensão Fractal (DF) representa o nível de complexidade e de ocupação do espaço por um objeto fractal. O objetivo do estudo foi identificar se existe correlação entre os valores de DF obtidos em imagens advindas de do uso de Raios-X em resoluções distintas: a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), a Microtomografia Computadorizada (µCT) e a Radiografia Periapical Digital (RPD). Foi realizado um estudo prospectivo transversal que incluiu pacientes saudáveis maiores de 18 anos, que necessitaram de manipulação óssea para exodontia dos terceiros molares e que possuíam o exame de TCFC prévio à cirurgia. Foi realizada coleta de fragmento ósseo na região retromolar, que foram radiografados no aparelho de RPD. Posteriormente, foram processados e incluídos em metilmetacrilato, então escaneados na µCT. Regiões de Interesse (ROIs) foram criadas separadamente nas porções cortical e trabecular para avaliação da DF: 1) TCFC: 6 ROIs (25 x 25 pixels) em três cortes parassagitais; 2) RDP: 2 ROIs (64 x 64 pixels); 3) µCT: 6 ROIs (90 x 90 pixels). Os valores de DF foram obtidos por dois métodos de processamento de imagem: por meio da binarização (DFc) e pelo método baseado na análise das imagens diretamente em escala de cinza (DFg), utilizando o software ImageJ. Nestas ROIs, além da DF, também foram avaliados dados do histograma de desvio-padrão e média dos valores de cinza para RDP e TCFC, e, para µCT, foram avaliados parâmetros microarquiteturais da cortical óssea e da porção trabecular. Foi realizado o teste de normalidade Shapiro-Wilk, seguido do teste de correlação de Spearman ou Pearson (nível de significância de 5%). Houve correlação negativa entre DFc e DFg na porção cortical na TCFC (p 0,01, r0,61). Na µCT, não houve correlação entre DF e os parâmetros analisados na porção trabecular, e na cortical houve uma tendência de correlação negativa de DFg com a superfície óssea (p 0,05, r-0,48). Entre os parâmetros microarquiteturais, houve correlação significante entre volume ósseo (VO), sendo negativa com superfície óssea (SO) e superfície trabecular (Tb.Sp), positiva com espessura trabecular (Tb.Th) para porção trabecular; para cortical, houve correlação forte e positiva da porosidade com SO e números de poros (P.n), e moderada e negativa com a densidade mineral óssea (DMO). Na RPD não houve correlação entre DF e os dados do histograma na trabecular, e houve apenas na DFg com o desvio-padrão dos valores dos pixels (p 0,004, r-0,66). Na TCFC na porção trabecular a DFc correlacionou com a média do valor dos pixels (p 0,03, r0,74) e a DFg correlacionou com o desvio-padrão dos valores dos pixels (p 0,03, r0,73). Conclui-se que não houve correlação entre os valores de DF nas três modalidades analisadas. A DF analisada nas imagens em escala de cinza correlaciona-se com maior amplitude na variação dos valores dos pixels na porção trabecular, tanto para RPD quanto para TCFC. Os valores de DF obtidos pela binarização tiveram correlação com a média do valor dos pixels para RPD, também somente na porção trabecular. |