Estamos sempre indo para casa: uma leitura de Lavoura arcaica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rosa, Maria Carolina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-19042018-100719/
Resumo: Este estudo tem como objetivo explorar algumas manifestações das relações que podem surgir entre literatura e ética no romance Lavoura arcaica, de Raduan Nassar. Para tal, elegeu-se quatro pontos de partida, a fim de que pudessem dar um norte ao estudo, uma vez que o tópico pode ser muito abrangente. Esses pontos são: totalidade, paternidade, religião e sacrifício sempre considerados a partir do encontro entre literatura e ética. Tendo como base teórica pensadores como Jacques Derrida, Giorgio Agamben e Michel Foucault, a premissa que dá o pontapé inicial ao estudo é a que sempre produzimos falas que respondem a outras falas, ou seja, só se pode começar a pensar a partir do outro. Sendo assim, a origem primeira, que é buscada pelo narrador do romance, André, é ponto impossível de partida ou de chegada. Tal concepção, da inevitável inserção dentro de um continuum que pode se perder de vista, tem algumas implicações éticas quando investigamos as relações supracitadas. Além disso, as questões da origem e da continuidade também impactaram na forma segundo a qual a dissertação se apresenta: tornou-se impensável dividir o texto em capítulos, como se um tópico estivesse separado do outro. Isto é, pensar em algumas das consequências do encontro entre literatura e ética ultrapassa a barreira do livro e invade a minha própria escrita e, então, invade a mim.