Expressividade e sentido: um estudo estilístico das metáforas de Lavoura Arcaica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lotito, Denise Padilha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-30112009-153332/
Resumo: O objetivo desta dissertação é estudar de que maneira as metáforas do romance Lavoura arcaica, escrito por Raduan Nassar, em 1975, na qualidade de recurso estilístico, contribuem para a construção dos sentidos da obra. Os estudos da Estilística e da Semântica nos orientaram para o estabelecimento de um conjunto de metáforas que mantêm relações semânticas e morfossintáticas, criando um sistema metafórico que contribui para a instauração da visão de mundo do narrador. A escolha das metáforas como objeto de estudo de nossa pesquisa deve-se à relação que o emprego dessa figura de linguagem cria com os sentidos do texto. O caráter subjetivo do narrador em primeira pessoa e o aspecto intimista do fluxo psicológico são características reforçadas pelo uso que se faz das metáforas no romance. Recolhemos e analisamos as metáforas que identificam os personagens com a natureza, através da utilização do léxico do universo das plantas e dos animais. O tema do conflito de gerações, manifestado na oposição pai e filho, também se revela na identificação do narrador com os aspectos da natureza de ausência de racionalidade e de mecanismos culturais e morais de controle da emoção. O resultado do estudo é um conjunto de 51 expressões metafóricas, classificadas por ramificações do tema homem é natureza, em que se comentam as características de formação das metáforas e as relações entre elas. Essa sistematização das metáforas inspira-se nos sistemas metafóricos do cotidiano, apresentados em Metaphors We Live By (JOHNSON e LAKOFF, 1980).